Governo: Concessões atrairão R$ 12,6 bi em investimentos

09/01/2009

O número é uma projeção da Abdib e envolve projetos nas áreas de transporte, transmissão e geração de energia

EXAME- Herdando as mesmas carências de infra-estrutura do ano passado, o Brasil inicia 2005 com a perspectiva de atrair 12,6 bilhões de reais em investimentos privados por meio de concessões do governo. A projeção é da Associação Brasileira de Infra-estrutura e Indústrias de Base (Abdib).
Como os projetos são de longa maturação, a associação avalia que os desembolsos serão efetuados ao longo dos próximos cinco anos. As áreas de transporte (concessão de rodovias) e geração e transmissão de energia devem dominar as rodadas de concessões neste ano. Também são aguardados leilões nas áreas de exploração e produção de gás natural em outubro.

Neste ano, o governo deve transferir à iniciativa privada oito lotes de estradas, que somam 3 038 quilômetros. Os investimentos estimados para a ampliação, restauração e modernização dessas vias alcançam 3,2 bilhões de reais. Esta será a segunda rodada de concessões rodoviárias promovidas pelo governo federal. Na primeira, foram oferecidos 1 474 quilômetros.

A área de energia responderá pela maior parte dos investimentos previstos para este ano. Em conjunto, transmissão e geração de eletricidade podem atrair 9,4 bilhões de reais em rodadas de concessões. No setor de transmissão, espera-se um leilão para a construção de 4 600 quilômetros de linhas, com investimentos de até 3 bilhões de reais.

Quanto à geração, a iniciativa privada deve disputar as concessões de 17 usinas hidrelétricas, com capacidade total de 2 829 megawatts. A Abdib estima que os investimentos necessários para tais projetos sejam de aproximadamente 6,4 bilhões de reais.

Para o presidente da Abdib, Paulo Godoy, a eliminação dos gargalos produtivos do país só ocorrerá com a promoção constante de concessões públicas no setor de infra-estrutura. “O planejamento dos ministérios precisa prever outorgas ao setor empresarial anualmente”, afirma.

Revista Exame
5/1/2004