Gasolina deverá chegar próximo a R$ 3
31/01/2013
Provavelmente nas próximas horas o consumidor sentirá o aumento da gasolina e do diesel. Desde ontem, a Petrobrás anunciou reajuste de 6,6% no preço da gasolina e de 5,4% do diesel nas refinarias. De acordo com o presidente dos Revendedores e Varejistas de Combustível de Criciúma e Região (Sindicomp), Quintino Pavei, nesta quinta ou sexta-feira os consumidores começarão a sentir os reflexos no bolso. “À medida que o combustível vai chegando aos postos com o reajuste anunciado, o preço irá ser repassado para o consumidor. Em alguns postos isso pode ocorrer primeiro do que em outros, isso irá depender da chegada do combustível”, explica Pavei.
O presidente acrescenta que o aumento do combustível veio no mesmo momento que o governo anunciou a diminuição no preço da energia elétrica residencial, industrial e comercial. A subida dos combustíveis e a redução do preço da energia vai impactar, positivamente, na inflação de fevereiro. O primeiro trimestre, com todos os aumentos normalmente previstos, é um período difícil, e a inflação deve passar de 6% no acumulado em 12 meses.
Para o presidente o reajuste a cada litro deve ficar entre R$ 0,10 a R$ 0,15. “Como há preços diferenciados no mercado que variam de R$ 2,60 a R$ 2,79 acreditamos que a gasolina ficará em torno de R$ 2,90. Nos estabelecimentos que praticavam preços menores o reajuste será um pouco maior”, acredita Pavei.
Na leitura do presidente a diferença do combustível de uma cidade para a outra, como no caso de Içara, onde o combustível tem diferença acentuada, pode ser explicado por uma série de fatores. “Cada posto tem a sua planilha de custos operacionais e repassa no combustível. Por exemplo, dependendo da localização do posto, em um local mais estratégico já influencia nos custos. Todos os fatores devem ser levados em consideração”, pondera.
Sem estoque, aumento chega mais rápido ao consumidor
O gerente de um posto de gasolina de Criciúma, Mauro Márcio Osellame, conta que entre hoje (ontem) e amanhã (hoje) quando o combustível for chegando ao estabelecimento, o reajuste será repassado. “Não fizemos estoque de gasolina então o aumento chegará rápido. Praticamos o mesmo aumento ao consumidor final que recebemos então ficará em torno de 6,6% no caso da gasolina e de 5,4% do diesel”, esclarece o gerente do posto, ressaltando que na noite desta terça-feira, logo após o anúncio do aumento, muitos consumidores já correram para abastecer os tanques dos veículos e aproveitar o atual preço.
“Nesta manhã de quarta-feira também estamos tendo um movimento maior por conta disso”, observa o gerente. Se o aumento for integral como o repassado às refinarias, a gasolina vendida a R$ 2,79 no posto chegará a R$ 2,97 e o diesel vendido a R$ 2,14 aumentará para R$ 2,26.
O motorista Luiz Alberto Silveira que chega a rodar de 250 a 300 quilômetros diariamente e gasta dois tanques de 45 litros por mês desembolsa hoje o total de R$ 251,10. Se o reajuste ficar em 6,6% terá um acréscimo mensal de quase R$ 17, o que em um ano chegará a R$ 289.
Custos maior no transporte
Segundo o presidente do Sindicomp, a massa trabalhadora sente mais o aumento do diesel, já que o transporte de coletivo, frete e transporte de carga não conseguem segurar o reajuste. “O transporte acaba aumentando seus custos e com certeza vai repassar isso no preço na tarifa”, conclui o presidente.
Sobre o reajuste
Segundo nota da estatal, os preços da gasolina e do diesel, sobre os quais incide o reajuste, não incluem os tributos federais como a Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico (Cide) e PIS/Cofins e o tributo estadual ICMS. O último reajuste anunciado pela estatal para a gasolina ocorreu em 25 de junho do ano passado, quando o tipo comum do produto subiu 7,83% nas refinarias. Na ocasião, o óleo diesel foi reajustado em 3,94%, também sem a incidência dos tributos federais e estadual.
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