FMI prevê crescimento menor que o estimado por Palocci

09/01/2009

O FMI (Fundo Monetário Internacional) acredita que o Brasil irá crescer neste ano 4%, segundo Rodrigo de Rato, diretor-gerente da instituição. “Neste ano o Brasil tem tudo para se beneficiar da atual conjuntura da economia mundial”, avalia.

Após ter registrado um crescimento de cerca de 2,5% no ano passado, uma das menores taxas das Américas, o PIB (Produto Interno Bruto) deve, segundo o ministro Antonio Palocci (Fazenda), se recuperar em 2006 e avançar cerca de 5%.

Não tão otimista, Rato acredita que a atividade econômica irá se beneficiar do aumento das exportações, do aumento do emprego e da redução das taxas de juros internacionais, o que será suficiente para o crescimento de 4% do PIB.

Depois de encolher 1,2% no terceiro trimestre, o PIB brasileiro não deu sinais de recuperação nos últimos três meses do ano passado. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou hoje que a produção industrial cresceu 0,6% em novembro e 0,2% em outubro (dado revisado), o que foi insuficiente para recuperar a queda de 2,2% registrada em setembro.

Política econômica – Durante a solenidade de quitação da dívida do Brasil com o Fundo, realizada no Palácio do Planalto, Rato elogiou a condução da política econômica e destacou a redução da relação entre dívida e PIB ocorrida no governo Lula e o controle da inflação.

No mês passado, o governo decidiu antecipar o pagamento de US$ 15,57 bilhões em dívidas com o FMI que venceriam até o final de 2007. Quando anunciou o pagamento, no mês passado, Palocci afirmou que o país economizará US$ 900 milhões em juros com a quitação.

Para ele, mesmo com o pagamento antecipado, FMI e Brasil continuarão a parceria.

“A relação do Fundo com o Brasil foi e continuará sendo de parceria. Nós, como instituição pública internacional, estamos a serviço do Brasil”, disse ele no Planalto.

Fonte:
Jornal do Comércio