Fiesp não reconhece a China como economia de mercado
09/01/2009
Nota oficial da Fiesp se contrapõe a decisão do Governo e critica a não aplicação de salvaguardas e de regras antidumping contra a República Popular da China.
A República Popular da China não é, absolutamente, uma economia de mercado. A constatação desse fato tem permitido às empresas brasileiras provar suas perdas com importações feitas a preços de dumping. Ao confrontar os valores de mercado praticados internacionalmente, essa realidade fica bem clara.
Ao reconhecer a República Popular da China como economia de mercado, o governo brasileiro obriga a autoridade investigadora (DECOM) a comparar os preços das exportações chinesas com os praticados no seu mercado interno. É de conhecimento público internacional que os preços domésticos da República Popular da China não correspondem aos do mercado externo.
Embora o Governo tenha manifestado não abrir mão de salvaguardas ou da aplicação de regras antidumping, esse posicionamento certamente restringirá a aplicação de medidas na defesa comercial do País que, justificadamente, visam equilibrar os negócios internacionais na atual fase de liberalização.
A indústria paulista e a brasileira foram colocadas em posição de vulnerabilidade. Em maio de 2004 a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) já havia manifestado, através da divulgação de estudos técnicos, suas preocupações com a concorrência desleal chinesa e suas conseqüências prejudiciais a vários setores da indústria.
A República Popular da China é o país contra o qual existe o maior número de medidas de defesa comercial aplicadas pelo governo brasileiro, e por outros vários países do mundo.
A súbita decisão governamental que considera a República Popular da China uma “economia de mercado”, conta com a desaprovação da indústria de São Paulo.
Fonte:
Fiesp Assessoria de Jornalismo Institucional