Falta de sintonia marca reunião da OMC
20/07/2008
Para negociadores, americanos e europeus se uniram mais uma vez para pressionar os países emergentes para a abertura de seus mercados. Na reunião entre comissário de Comércio da UE, Peter Mandelson, e o chanceler Celso Amorim, os europeus pressionaram para que o Brasil reduzisse ao máximo suas barreiras no setor industrial. O objetivo seria garantir certas proteções para setores mais vulneráveis dos países emergentes, mas evitar que toda uma área da economia seja declarada como sensível e fora da liberalização. Amorim indicou que o Brasil teria como adotar uma posição mais flexível, mas que não poderia garantir que outros emergentes nem o Mercosul aceitariam o acordo. "A reunião mostrou que ainda não estamos no ponto de chegar a um acordo", afirmou o chanceler.
A principal queixa do Brasil é de que os europeus pedem uma abertura máxima do País, enquanto oferecem cotas relativamente pequenas para carnes e produtos agrícolas. Pelos cálculos do governo, o acesso oferecido pelos europeus está ainda bem abaixo do que a Rodada Doha deveria gerar como comércio. A União Européia saiu insatisfeita do encontro com o Brasil e insistiu que os emergentes terão de oferecer maiores flexibilidades para que haja um acordo.
A Tarde Online