Exportações do setor gráfico crescem 60,21%

09/01/2009

As exportações de produtos gráficos brasileiros voltaram a crescer nos seis primeiros meses de 2006, depois de amargar desempenho ruim em 2005. O volume exportado foi de US$ 143,75 milhões frente a US$ 89,73 milhões em igual período do ano passado. O desempenho representa crescimento de 60,21%. Entre as razões que colaboraram para este resultado, destaca-se o aumento das salvaguardas norte-americanas à importação de produtos da China. Os dados são do Departamento de Estudos Econômicos (Decon) da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf), baseados na Secretaria de Comercio Exterior do Ministério da Industria e do Desenvolvimento (Secex).
As importações no período somaram US$ 94,16 milhões, 16,31% a mais que em 2005. O saldo da balança comercial, no entanto, foi o que mais cresceu quando comparado ao primeiro semestre de 2005, 298,69%. A balança registrou saldo positivo de US$ 49,59 milhões frente a US$ 12,44 milhões no período anterior.

Dentro da pauta de exportação, o item que mais contribuiu para esse desempenho favorável foi o da indústria de cadernos. O segmento exportou US$ 54,13 milhões, 157,84% a mais que em igual período de 2005 (US$ 20,99 milhões).

O segmento de embalagens, que normalmente contribui de forma positiva para a balança comercial do setor, vem perdendo competitividade em função da valorização do real frente ao dólar. As exportações no período cresceram 15,71%, representando US$ 33,87 milhões. Enquanto as importações tiveram crescimento de 65,36%, atingindo US$ 9,07 milhões.

Para Mário César de Camargo, presidente nacional da Abigraf “o produto gráfico brasileiro tem qualidade e preço competitivo e, aos poucos, está ganhando espaço no mercado internacional. Contudo, salienta que é preciso estar atento às medidas governamentais. Os setores produtivos querem muito o crescimento, mas têm consciência de que, para isso, é fundamental desonerar a produção, facilitar o acesso ao crédito, substituir as importações de forma inteligente, exportar mais e incentivar o consumo de baixo para cima. Neste contexto, fica claro que a taxa de cambio valorizada e a taxa elevada de juros geram efetiva perda de competitividade do Brasil”.

Fonte:
Monitor Mercantil