Exportações de têxteis caem 52% em janeiro; déficit do setor atinge US$ 168,7 mi

19/02/2009

SÃO PAULO – Entre as principais mercadorias do setor têxtil exportadas pelo Brasil, estão os produtos de cama, mesa e banho. A Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção) divulgou esta semana que, no entanto, justamente as vendas para o exterior desses produtos caíram 52% em janeiro último, na comparação com o mesmo período do ano passado. Já o segmento vestuário teve queda de 45,8%.

O presidente da Abit, Aguinaldo Diniz Filho, relatou, à Agência Brasil, que o setor têxtil e de confecção brasileiro fechou o primeiro mês deste ano com um déficit de US$ 168,7 milhões, com exceção do comércio de fibra de algodão.

O resultado subtrai as importações do setor, que somaram US$ 245 milhões, das exportações (US$ 76,3 milhões). "Se forem incluídas as fibras de algodão, o déficit cai para US$ 108,8 milhões", comentou Diniz Filho.

Retração dos mercados

"Essa queda brusca nas exportações vem da retração dos mercados… Com a crise, deixamos de exportar US$ 25,8 milhões em produtos para os Estados Unidos em janeiro, o equivalente a – 56,4% ante o mesmo mês do ano passado", afirmou ele, ao lembrar que a principal preocupação dos empresários do setor, neste momento, são as medidas protecionistas que os países estão adotando.

"A Argentina adotou novas medidas protecionistas [licenças não-automáticas] e acabamos diminuindo em 53,2% o envio de produtos ao país vizinho, o que representa US$ 20,3 milhões a menos no faturamento com esse país, quando comparamos janeiro de 2009 com o ano passado".

As exportações brasileiras de produtos têxteis e de confecção apresentaram, em janeiro, queda de 33,5% em termos de valor e de 27,23% em volume, se comparado ao mesmo período do ano passado. Quando excluídas as fibras de algodão, o quadro se agrava, com queda de 45,57% em termos de valor, e de 48,83%, em volume.

As principais quedas afetaram as fibras têxteis (-13,5%), fios (-15,15%), filamentos (-68,34%), tecidos (-52,25%), linhas de costura (-63,28%) e confecções (-45,22%).

 

Fonte:
Info Pessoal