Exportação de carne bovina do Brasil será recorde em receita em 2014
12/12/2014
Reuters
SÃO PAULO (Reuters) – As exportações de carne bovina do Brasil, maior exportador global, deverão fechar o ano de 2014 com um recorde de mais de 7 bilhões de dólares, superando a marca registrada no ano passado, previu nesta quinta-feira a Abiec, associação que reúne os exportadores.
No ano até novembro, as exportações do Brasil somaram 6,5 bilhões de dólares, aumento 8,16 por cento em comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo nota da associação.
As exportações, no entanto, devem ficar abaixo do estimado. Em agosto, a associação chegou a falar que as vendas externas do Brasil poderiam chegar perto de 8 bilhões de dólares.
Em volumes, as exportações de janeiro a novembro somaram 1,424 milhão de toneladas de carne (+4 por cento ante 2013), o que indica que o país, que exporta pouco mais de 100 mil toneladas mês, dificilmente baterá os embarques de 1,62 milhão de toneladas de 2007.
A Abiec não fez referência a recordes em volumes no comunicado.
A associação comemorou os resultados deste ano, citando manutenção de seu status sanitário do país, a perenidade da oferta do produto para atender diferentes mercados e a "forte e contínua atuação conjunta do setor privado e do governo para reverter embargos".
Para 2015, a associação prevê recordes de embarques em receita e volumes, de 8 bilhões de dólares e 1,7 milhão toneladas, respectivamente.
"A retomada de importantes mercados, como a China que suspendeu o embargo; e Irã e Egito, que ainda mantinham embargo para carne proveniente do Mato Grosso; bem como as perspectivas positivas para o anúncio do fim do embargo da Arábia Saudita e do Japão, nos permitem manter uma previsão muito boa para 2015", disse o presidente da Abiec, Antônio Jorge Camardelli.
Os cinco mercados que mais importaram carne bovina brasileira em 2014 foram Hong Kong, Rússia, União Européia, Venezuela e Egito, com aumentos expressivos tanto em faturamento como em toneladas, disse a Abiec.
(Por Roberto Samora)
Fonte:
reuters