Etanol produzido do bagaço da cana é vendido no país pela primeira vez
18/12/2014
Fábrica inaugurada em Piracicaba foi feita para gerar esse biocombustível.
Expectiva da empresa é produzir 40 milhões de litros por ano no município.
O etanol celulósico, obtido a partir do bagaço e da palha da cana-de-açúcar, chegou às bombas de combustível. Com sede em Piracicaba (SP), a empresa do setor sucroenergético Raízen forneceu 200 mil litros do chamado etanol 2G a um posto da cidade, na quarta-feira (17). Esta é a primeira vez que o produto é comercializado no país.
A fábrica custou R$ 237 milhões, com parte dos recursos vindos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Com capacidade de geração de 40 milhões de litros por ano, a unidade é a primeira no país construída especificamente para esse fim e entrou em operação no fim de novembro.
A planta construída no município é integrada à Unidade Costa Pinto, também do grupo, e integra um projeto que prevê a inauguração de outras sete fábricas até 2024, todas próximas a unidades de produção de primeira geração já existentes. A Raízen não revelou onde serão as próximas fábricas do novo etanol.
Segundo a assessoria de imprensa, o projeto em andamento tem potencial para aumentar em até 50% a produção anual de etanol da empresa, que é de 2 bilhões de litros. A Raízen comercializa perto de 22 bilhões de litros de combustíveis por ano (25% do mercado brasileiro).
Testes
A produção de etanol "2G" vem sendo testada pela Raízen desde 2012 no Canadá, em parceria com uma empresa canadense de biotecnologia. “Com o aprendizado adquirido durante os testes no Canadá, a Raízen acredita no potencial do etanol celulósico para atender à demanda crescente por biocombustíveis no Brasil e no mundo e seguirá investindo nesta tecnologia”, afirmou o vice-presidente de Etanol, Açúcar e Bioenergia da empresa, Pedro Mizutani.
Etanol 2G
O etanol de segunda geração é produzido a partir do bagaço, da palha e outros resíduos da cana. Ao final dos dez anos, com as oito plantas em atividade, o grupo pretende despejar nas bombas dos postos 1 bilhão de litros do 2G. O biocombustível deve chegar ao consumidor com o mesmo preço do etanol de primeira geração.
Fonte:
G1