Entrada de recursos derruba dólar, e mercado espera empurrão do BC
09/01/2009
O dólar recuava nesta segunda-feira, derrubado por ingressos de recursos e por ajustes de posições depois da alta de quase 2% na sessão anterior.
Às 11h25, a divisa norte-americana era vendida a R$ 2,214, com declínio de 0,63%.
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“O pessoal tentou até segurar para formação da Ptax mas teve entrada (de recursos) que jogou esse dólar para baixo”, afirmou o gerente de câmbio da corretora Liquidez, Francisco Carvalho.
“Agora temos que esperar para ver se o BC atua hoje ou não, porque normalmente ele não atua em dia de formação de Ptax (para vencimentos)”, acrescentou Carvalho, que não vê força para o dólar cair de forma acentuada.
Na sexta-feira, o BC ofereceu contratos de swap cambial reverso pela primeira vez desde março e vendeu o equivalente a US$ 404 milhões.
Nessas operações, o BC assume uma posição compradora de câmbio e o mercado ganha quando a variação do juro é maior que a do dólar.
A expectativa era de que o dólar ganhasse mais força depois do avanço de 1,74% na sexta-feira – por conta do swap invertido – já que os papéis serão emitidos com base na Ptax (taxa média do dólar) desta segunda-feira.
Isso porque o mercado ganha quando a variação do dólar é menor que a do juro no período de vigência do contrato. Assim, é interessante que a cotação inicial seja a mais alta possível.
O gerente de câmbio do banco Prósper, Jorge Knauer, disse que a alta de sexta-feira também motivou ajustes de posições das tesourarias nesta sessão, o que permitiu que o dólar recuasse.
“Era se se esperar um ajuste… foi um movimento forte, alguns bancos desfizeram posição vendida, então seria normal que esse ajuste acontecesse hoje”, afirmou.
Knauer acredita que os investidores não devem se preocupar muito em elevar a cotação do dólar para influenciar a Ptax pois o montante de swap invertido vendido é baixo.
“(A quantia de) US$ 400 milhões é muito pouco para que você faça esse movimento de comprar para elevar a Ptax… isso tem um custo e talvez o que se tenha calculado é que esse custo não vale a pena”, explicou o gerente.
No front externo, o desempenho positivo dos títulos da dívida externa brasileira e o recuo do risco Brasil contribuíam para a tranquilidade no câmbio.
Fonte:
Invertia
Reuters