Emprego na indústria cresceu 2,2% em 2007, maior taxa desde 2001
09/01/2009
SÃO PAULO, 13 de fevereiro de 2008 – O emprego na indústria aumentou 2,2% no ano passado, em relação a 2006, informou nesta manhã o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa é a maior taxa da série histórica da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário, que teve início em 2001.
Em 2007, 14 regiões pesquisadas e 12 dos 18 ramos industriais registraram crescimento. Os destaques foram São Paulo (3,5%), que assinalou a taxa mais elevada, Paraná (3,1%), região Nordeste (1,4%) e Minas Gerais (1,5%). Rio Grande do Sul, onde o indicador permaneceu negativo ao longo de 2007, fechou o ano com taxa próxima de zero mas positiva (0,1%). Em termos setoriais, a liderança ficou com alimentos e bebidas (4,0%), meios de transporte (7,7%), produtos de metal (7,3%) e máquinas e equipamentos (7,0%). Calçados e artigos de couro (-7,3%), vestuário (-3,7%) e madeira (-5,7%) apontaram os principais recuos de 2007.
Na comparação entre dezembro 2007 e igual mês de 2006, o emprego cresceu 3,5%, 18ª taxa positiva consecutiva, com expansão em 12 dos 14 locais e em 12 dos 18 ramos pesquisados. São Paulo (5,6%), Paraná (5,5%), região Norte e Centro-Oeste (3,6%) e Minas Gerais (2,8%) figuram com as contribuições mais significativas para o total do país. Nesses estados, o contingente de trabalhadores aumentou principalmente nos segmentos produtores de bens de consumo duráveis (automóveis e eletrodomésticos), de bens de capital, além de setores tipicamente exportadores, particularmente de commodities alimentares.
Em termos setoriais, no total do país, os impactos positivos mais significativos na média global foram meios de transporte (12,3%), máquinas e equipamentos (11,4%), produtos de metal (11,5%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (12,8%) e alimentos e bebidas (3,1%). Por outro lado, Espírito Santo (-4,4%) e Ceará (-0,3%) assinalaram as duas únicas quedas regionais, enquanto calçados e artigos de couro (-8,9%), vestuário (-3,0%) e madeira (-5,6%) exerceram as influências negativas mais relevantes entre os segmentos.
No último trimestre de 2007, o emprego na indústria cresceu 3,6%, resultado mais elevado desde os 4,1% observados no período outubro-dezembro de 2004, ambas as comparações contra igual trimestre do ano anterior. Este indicador mantém trajetória ascendente desde o primeiro trimestre de 2006 e seqüência de seis períodos com taxas positivas. A aceleração observada entre o terceiro (2,3%) e o quarto (3,6%) trimestres ocorreu na maior parte das atividades (15) e dos locais (11) pesquisados.
Segundo o IBGE, a aceleração no emprego industrial evidencia-se nas diversas comparações: o indicador mensal cresce desde julho de 2006 e o trimestral desde o terceiro de 2006; a comparação do quarto trimestre contra o trimestre imediatamente anterior, série com ajuste sazonal, mantém a seqüência de quatro períodos de resultados positivos e mostra a taxa mais elevada desde o terceiro trimestre de 2004 (1,6%). “A variação negativa de 0,5%, observada na passagem de novembro para dezembro, sugere um movimento de acomodação, uma vez que o emprego crescia há cinco meses neste tipo de comparação.
Setorialmente, o emprego respondeu mais rapidamente ao desempenho positivo da produção nas áreas produtoras de itens relacionados ao comportamento do mercado interno, como os bens de consumo duráveis (automóveis e eletrodomésticos) e nos ramos ligados à produção de alimentos e bebidas e de máquinas e equipamentos.”
Fonte:
Gazeta Mercantil
Redação InvestNews