Economia começa o ano com desempenho

09/01/2009

São Paulo, 1 de Março de 2006 – A leve reação da economia iniciada no final de 2005 persistiu no primeiro bimestre, mas é ainda um movimento “morno” da atividade econômica, segundo economistas e representantes do setor produtivo ouvidos por este jornal. Um aquecimento mais efetivo, defendem, depende de medidas mais “ousadas” por parte do governo sobre câmbio e juros. “Sem mudanças, o padrão vai continuar o mesmo”, diz o diretor-executivo do Iedi, Julio Gomes de Almeida.

Há consenso de que o PIB será maior este ano, com estimativas em torno de 3,5%, ante os 2,3% de 2005. Tal desempenho, no entanto, ainda está muito aquém dos emergentes, com expansão média de 6%. “Não há ainda sinal de arrancada”, diz o economista do Ipea Estêvão Kopschitz, para quem uma melhora deve surgir no segundo semestre. Para ele, o maior estímulo seria a queda do juro.

No primeiro bimestre, os “termômetros da economia” – energia, papelão ondulado e movimento nas estradas – vieram positivos, mas sem saltos. Pela primeira vez em 10 meses, o aumento da demanda por energia elétrica das indústrias paulistas superou a das residências e do comércio.

Fonte:
Gazeta Mercantil/1ª Página – Pág. 1
Luciana Collet e Sandra Nascimento