Dólar sobe pelo quinto dia seguido e fecha em R$ 2,461, maior valor desde 2005

Houve compra e venda de dólares ontem no Brasil, mas as principais praças, a de São Paulo e a do Rio de Janeiro, não operaram devido ao feriado do Dia da Consciência Negra. No mercado de ações, a Bolsa de Valores de São Paulo não abriu.

"O dólar continua bastante forte pois o mercado está sem liquidez nenhuma", afirmou José Roberto Carreira, gerente de câmbio da Fair Corretora.

A falta de liquidez decorre da crise financeira global, que já fez o dólar decolar 38,5% frente ao real este ano e mais de 57% desde o patamar mínimo de 2008, atingido em agosto.

"As Bolsas no mundo inteiro estão caindo e aqui não é diferente. Isso contribui para um dólar mais forte", acrescentou Carreira. "Nós vamos ter problemas enquanto os EUA não se acertarem. Essas montadoras, bancos, tudo isso só prejudica o mercado", disse João Medeiros, diretor de câmbio da Pioneer Corretora.

Nos Estados Unidos, investidores estão de olho no Citigroup, que, segundo reportagem do "Wall Street Journal", cogita vender setores ou mesmo a instituição inteira. A situação das fábricas de automóveis também é preocupante.

Medeiros afirma que o dólar também é pressionado, no Brasil, pelos mais de US$ 14 bilhões que investidores estrangeiros mantêm em posição comprada (que significa uma aposta na alta da moeda americana) na Bolsa de Mercadorias & Futuros.

O diretor de câmbio da Pioneer avalia, no entanto, que muitos dos negócios, principalmente de importadores, paralisados à espera de uma acomodação da moeda norte-americana estão começando a ser realizados.

Fonte:
Uol Economia
Com informações da Reuters