Diretor de filmes icônicos, Bernardo Bertolucci faz 75 anos
16/03/2016
Entre seus principais filmes está "O Último Tango em Paris"
16 MARÇO, 14:54•ROMA•ZAR
(ANSA) – Nascia, no dia 16 de março de 1941, um dos personagens mais famosos do cenário artístico italiano, o cineasta Bernardo Bertolucci.
O diretor, que completou 75 anos de idade nesta quarta-feira (16), é originário de Parma e desde pequeno vivia rodeado por cultura, já que seu pai foi o grande poeta Atilio Bertolucci. Aos 15 anos, deixou sua cidade natal e se mudou para Roma com sua família, onde cursou faculdade e fez amizades importantes.
Uma delas foi com o também diretor de cinema Pier Paolo Pasolini, que vivia a poucos metros de sua casa. Juntos, os dois produziram o filme "Accattone: Desajuste Social", sendo Pasolini o cineasta principal e Bertolucci o seu ajudante.
Um ano depois, em 1962, o menino de Parma dirigiu seu primeiro longa, chamado de "La Commare Secca". Logo depois veio o sucesso "Antes da Revolução" e sua colaboração no roteiro de "Era Uma Vez no Oeste", no qual trabalhou com nomes de peso como Ennio Morricone, Sergio Leone e Dario Argento.
Já no final da década de 1960 e começo da de 1970, com o clima da Revolução de 1968 na Europa, foram filmados "Partner", "Amor e Raiva", "O Conformista" e "A Estratégia da Aranha".
Após essas películas, Bertolucci deu vida a uma de suas mais admiradas e polêmicas obras, "O Último Tango em Paris" (1972), com o galã do cinema Marlon Brando e a novata Maria Schneider. Com cenas fortes e muitas vezes eróticas, o filme rendeu ao cineasta um processo por obscenidade na Itália que o fez perder seus direitos civis e políticos por cinco anos.
Além disso, o longa foi proibido no país europeu por 15 anos e foi duramente criticado no resto do continente e nos Estados Unidos, onde as opiniões sobre ele variavam. Uma das cenas mais famosas e contestadas é a de estupro anal cometido por Paul (Brando) em Jeannie (Schneider) na qual é usada manteiga como lubrificante.
"Amava e ainda amo a liberdade e sempre fui contra qualquer forma de censura. Eu pensava que o meu destino fosse igual o de Pasolini e me sentia um herói amaldiçoado. Hoje eu vejo de maneira diferente, mas se meu filme tem qualquer mérito é o de ter quebrado alguns tabus anacrônicos", contou o cineasta.
A película, que ganhou uma enorme repercussão, também fez com que Bertolucci ganhasse fama internacional. Ela deu ao diretor contatos como o de Robert De Niro, Burt Lancaster e Gerald Depardieu e originou uma nova fase de filmes.
Entre eles se destacam "1900", "O Último Imperador", "La Luna", "O Pequeno Buda" e "Beleza Roubada". Em 2003, outro de seus filmes consegue imenso destaque, "Os Sonhadores" que contou com o trio formado por Eva Green, Michael Pitt e Louis Garrel. Já a sua última obra foi a "Eu e Você", de 2012. (ANSA)
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