Desemprego cai e renda cresce, diz Dieese/Seade
09/01/2009
São Paulo, 27 de Julho de 2004 – Pesquisa confirma números apurados pelo IBGE. O desemprego na Região Metropolitana de São Paulo caiu pelo segundo mês consecutivo, segundo pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) e da Fundação Seade.
A taxa de junho foi de 19,1% da População Economicamente Ativa (PEA), ante 19,7% em maio. Também o IBGE – que calcula o emprego numa área mais ampla (as seis principais regiões metropolitanas do País) e adota metodologia diferente – divulgou na semana passada que apurou queda no desemprego por dois meses seguidos, ficando em 11,7% da PEA, bem abaixo do nível desta época no ano passado.
No mesmo sentido positivo, outra estatística divulgada ontem pela Fundação Seade e o Dieese mostra alta no rendimento médio real dos trabalhadores ocupados, após quatro meses de queda. Cresceu 3,2% em maio, em relação a abril (essa estatística sai um mês atrasada em relação ao desemprego), passando para R$ 975. Especificamente para os trabalhadores assalariados, a renda média subiu para R$ 1.038, o que é 1,9% maior do que em abril.
Segundo a pesquisa Dieese/Seade, em junho foram criados 107 mil postos de trabalho na Região Metropolitana de São Paulo, superando o número de pessoas que ingressaram no mercado de trabalho (58 mil). Nessa área, ainda há 1,91 milhão de pessoas sem conseguir trabalho.
Apesar de o governo festejar a redução das taxas de desemprego, alguns economistas avaliam o atual momento com mais cautela. “É o período do sucesso fácil, por causa da fraca base de comparação”, disse o professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Fernando Cardim, um dos entrevistados, referindo-se à baixa atividade econômica registrada pelo Brasil em 2003.
Gazeta Mercantil 27/7/2004
Silmara Cossolino e Aluisio Alves/InvestNews