Desaceleração econômica no Brasil será menor que na Índia, China e Rússia
06/12/2008
O Brasil é a única das economias consideradas grandes analisadas pelo Indicador Composto Avançado (CLI, na sigla em inglês) que, segundo previsão da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), não deve ter uma desaceleração forte da atividade econômica nos próximos seis meses. O índice, elaborado para detectar viradas no ciclo econômico, foi divulgado hoje (5) pela OCDE, segundo informações da BBC Brasil.
Enquanto para o Brasil a organização prevê uma “leve desaceleração”, para países como China, Índia e Rússia as perspectivas de crescimento econômico se deterioram “consideravelmente” e esses países “devem enfrentar uma forte desaceleração”.
Um dos motivos que podem explicar um cenário mais otimista é o fato de que a demanda interna continua forte no Brasil, apesar da redução do crédito, que já é sentida.
Para fazer os cálculos do CLI, a OCDE utiliza diferentes indicadores de movimentos de curto prazo ligados ao produto interno bruto, soma de todas as riquezas produzidas no país. O nível de 100 pontos é a referência para classificar o nível de atividade econômica.
Países que sofrem queda e ficam com CLI abaixo de 100 pontos recebem classificação de “desaceleração". Dos 35 países analisados pelo índice, o Brasil é o único que escapa da previsão de forte desaceleração, com uma queda de 0,3 ponto em outubro e 0,4 ponto em relação ao registrado há um ano.
No entanto, o índice do Brasil continua em 103,6 pontos, enquanto os de outras economias acompanhadas estão abaixo dos 100 pontos. No caso da China, por exemplo, o indicador diminuiu 1,7 ponto em outubro deste ano e está 7 pontos abaixo do nível verificado há um ano.
A maior queda ocorre em relação à Rússia. Segundo a OCDE, o índice caiu 4 pontos em outubro passado e 10,5 pontos em relação ao ano passado. Os Estados Unidos tiveram uma queda de 1,2 ponto em outubro e de 6,6 pontos no nível registrado há um ano. Já o indicador da zona do Euro revela diminuição de 0,9 ponto em outubro e de 6,3 pontos no último ano.
Fonte:
clicabrasilia