Crescimento dos EUA desacelera-se e PIB avança 1,6% no 3 º trimestre de 2006

09/01/2009

A economia norte-americana reduziu o ritmo de seu crescimento no terceiro trimestre deste ano, com o Produto Interno Bruto (PIB, que é a soma das riquezas locais) do país tendo avançado 1,6% na taxa anualizada, resultado um ponto percentual abaixo dos 2,6% de alta no segundo trimestre do ano, de acordo com anúncio feito pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos nesta sexta-feira.

O dado foi pior que o ritmo de crescimento de 2,1% esperado pelos analistas. Além disso, o avanço da economia não era tão fraco desde o primeiro trimestre de 2003.

Apesar de mais acentuado que a expectativa, o resultado acaba confirmando a desaceleração antecipada pelos analistas, uma tendência que levou o Federal Reserve (Fed, banco central americano) a manter as taxas de juros estáveis em 5,25% ao ano durante sua reunião desta semana pela terceira vez consecutiva.

Os números de hoje mostram que o setor imobiliário se transformou no principal empecilho para o crescimento do PIB dos EUA. O Governo anunciou na quinta-feira que o preço médio das casas novas nos EUA registrou em setembro a maior queda em mais de 35 anos.

Assim, a desaceleração da economia no último trimestre pode ser explicada, sobretudo, pela forte queda dos investimentos imobiliários, que tirou 1,12% do crescimento.

Estes investimentos recuaram 17,4% no terceiro trimestre, após a queda de 11,1% no segundo trimestre, o que marca uma baixa importante desde o início de 1991.

Por outro lado, a expansão no PIB real no período de julho a setembro refletiu as contribuições positivas do gasto com consumo pessoal, das exportações, do gasto do governo local, entre outros fatores.

Os números indicam o quanto a economia americana perdeu força este ano. No início do ano, os EUA cresceram 5,6%, percentual mais alto em dois anos e meio.

O crescimento já havia se desacelerado para 2,6% no segundo trimestre, devido à diminuição do consumo, à alta dos preços da energia e ao encarecimento do crédito. No terceiro trimestre a economia seguiu perdendo força, embora a despesa dos consumidores tenha aumentado a um ritmo de 3,1%, frente aos 2,6% do período anterior.

Os sinais de fraqueza econômica são divulgados a apenas alguns dias das eleições legislativas no pais, e podem afetar a já baixa popularidade do Partido Republicano, do presidente George W. Bush. O partido no poder insistiu nas últimas semanas no bom desempenho da economia, uma de suas cartas eleitorais para o pleito do dia 7 de novembro.

O PIB inclui todos os bens e serviços produzidos nos EUA e é considerado o melhor barômetro da saúde econômica do país.

Fonte:
Uol Economia
Com informações da Efe
e Valor Online