Cresce apetite de empresas estrangeiras por fusões e aquisições no Brasil

19/06/2009

SÃO PAULO – O apetite das empresas estrangeiras por fusões e aquisições no Brasil voltou a crescer, de acordo com uma pesquisa realiza pela PricewaterhouseCoopers. Segundo a instituição, pode ser sinal de que, com a retomada da economia mundial, as multinacionais já vieram buscar oportunidades no mercado nacional.

Para se ter uma ideia, entre janeiro a maio deste ano, foram realizadas ao todo 207 transações de fusões e aquisições no País. Em 42% delas, o que corresponde a 72 negócios, houve participação de capital estrangeiro, seja nas operações de aquisição de controle ou de parcelas minoritárias. Trata-se do maior número de negócios fechados por multinacionais desde 2004.

Entre as operações realizadas em maio por empresas de capital estrangeiro, estão a aquisição da Cosan pela Shell, por US$ 75 milhões, a compra da Líder Aviação pelo Bristow Group, por US$ 227 milhões, e a aquisição de 30% do capital da Cetip pelo fundo de investimento americano Advent, por R$ 360 milhões.

Histórico
O recente aumento é substancial, se observarmos que, em igual período de 2008, o capital externo havia respondido por apenas 25% dos negócios de fusões e aquisições.

Em 2005, houve um pico de participação dos estrangeiros em operações de fusão e aquisição, com a maioria dos negócios (51% do total) contando com a participação de grupos de fora, entre janeiro e maio daquele ano. Mas o número de negócios realizados por multinacionais naquele período, um total de 52, foi ainda menor que as 72 transações realizadas este ano.

Private Equity
"Os fundos de private equity continuam bem atuantes e são outro destaque no movimento de fusões e aquisições", afirma o consultor da PwC, Alexandre Pierantoni. Nos primeiros cinco meses deste ano, eles responderam por 24% das transações, percentual superior aos 20% registrados em 2008 ou os 15% de 2007.

Em março deste ano, lembra Pierantoni, a participação dos fundos de "private equity" nos negócios de fusões e aquisições atingiu o recorde de 34%. Entre os acordos fechados pelos fundos no país estão, por exemplo, a compra de uma participação na Estapar pelo BTG e a aquisição do Rapidão Cometa pela Governança & Gestão.

 

Fonte:
Info Pessoal