Chineses mantêm liderança mundial na produção de aço
09/01/2009
A China puxou mais uma vez o crescimento da produção mundial de aço bruto. Dados do International Iron and Steel Institute (IISI), divulgados ontem, mostram que o país produziu 77,78 milhões de toneladas nos primeiros três meses do ano, 23,8% a mais que no mesmo período do ano passado. O país também respondeu por quase 30% de todo o aço bruto produzido entre janeiro e março. Foram 267,2 milhões de toneladas, uma alta de 6,5% em comparação com o primeiro trimestre de 2004.
Em março a produção mundial teve alta de 6,5%, passando de 87,21 milhões de toneladas para 92,85 milhões de toneladas. As usinas asiáticas foram responsáveis por 50% de todo o volume saído das usinas afiliadas do IISI, que respondem por 98% do total no mundo. Em seguida vieram as siderúrgicas na União Européia com 18%. A América do Norte ficou com 12%. Os dados foram coletados pelo IISI em usinas de 61 países.
Só no mês passado a produção chinesa passou das 22,19 milhões de toneladas para 27,54 milhões – alta de 24,1%. A Índia, oitavo maior produtor mundial, teve crescimento de 14,1%, para 3 milhões de toneladas. A Itália, décimo maior produtor, também observou uma alta importante em março, da ordem de 6,3%, ao fabricar 2,62 milhões de toneladas. Já o Japão, segundo maior produtor de siderúrgicos, foi responsável por 9,5 milhões de toneladas, alta de 3,1% em relação ao mesmo mês de 2004. Nos EUA, terceira maior potência do aço, a produção caiu 3,4%, passando dos 8,4 milhões de toneladas para 8,1 milhões de toneladas.
No primeiro trimestre, a produção das siderúrgicas da América do Sul ficou praticamente estável em comparação com o ano passado, com 11,2 milhões de toneladas. Em março houve incremento de 1,5%, para 3,9 milhões.
Maior produtor da região, o Brasil fabricou 7,9 milhões de toneladas no trimestre (2,76 milhões só em março), de acordo com o IISI, um leve decréscimo em comparação com o mesmo mês de 2004. No limite de sua capacidade, as usinas brasileiras estimam elevar a produção deste ano das atuais 33 milhões de toneladas para próximo de 34 milhões. Tal incremento deve vir das fabricantes de aços longos (Gerdau Açominas, Belgo-Mineira e Siderúrgica Barra Mansa), empresas que concluíram recentemente a expansão de suas usinas ou que devem maturar seus projetos no decorrer deste ano. É o caso da Gerdau, que prevê pôr em operação neste semestre a usina de São Paulo (em Araçariguama).
Valor Economico
Patrícia Nakamura
19/04/2005