China dita ritmo de exportação brasileira
28/06/2013
A China conquista cada vez mais espaço no comércio internacional de celulose e vai ditando o ritmo dos embarques brasileiros em 2013. No acumulado do ano até maio, a receita com exportações da indústria nacional ao país asiático chegou a US$ 637 milhões, alta de 20,6% na comparação anual. Ao mesmo tempo, as exportações brasileiras totais da fibra cresceram 7,5%, para US$ 2,047 bilhões.
Em relatório mensal divulgado ontem, a Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa) destacou o crescimento das compras chinesas. "A receita com as vendas para a China continuou a registrar o maior crescimento e se aproxima do valor comercializado com a Europa [ainda o mercado mundial de referência], que acumula US$ 837 milhões no ano, com pouca variação sobre 2012", informou.
Segundo a entidade, no mês passado, as exportações brasileiras de celulose cresceram 30,1% na comparação com o mesmo mês de 2012, para 856 mil toneladas. Frente ao volume registrado em abril, a alta foi de 10,2%. Com esse desempenho, no acumulado dos cinco primeiros meses do ano, as exportações brasileiras da matéria-prima atingiram 3,822 milhões de toneladas, com incremento de 9,4% na comparação anual.
As vendas domésticas de celulose ficaram em 133 mil toneladas em maio, com queda de 5% frente ao registrado um ano antes e alta de 3,9% em relação a abril. Já a produção no país, no mês passado, cresceu 8% na comparação anual, para 1,233 milhão de toneladas, reflexo do volume adicional proveniente da fábrica da Eldorado Brasil, que entrou em operação em novembro. Frente a abril, houve pequeno aumento, de 0,3%. No acumulado dos cinco meses de 2013, a indústria brasileira produziu 6,055 milhões de toneladas da fibra, o equivalente a alta de 3,9%.
As vendas domésticas de papel, por sua vez, cresceram 1,1% em maio, na comparação com o registrado um ano antes, para 457 mil toneladas, de acordo com a Bracelpa. Frente ao volume registrado em abril, a expansão foi de 0,9%. No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, a alta é de 4,6%, para 2,236 milhões de toneladas.
Fonte:
Valor Econômico/Stella Fontes