Cesta básica cai para 57,5% do salário mínimo
09/01/2009
SÃO PAULO – Os trabalhadores que ganham salário mínimo passaram a comprometer menos sua renda para comprar os produtos que compõem a cesta básica em junho. “O salário mínimo teve um reajuste no mês de maio acima do IPC”, explicou o supervisor do Escritório Regional do Dieese em São Paulo, José Silvestre.
Segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), a parcela do salário mínimo líquido (após os descontos referentes à previdência) necessária para a compra da cesta básica no último mês era de 57,5%, contra 59,01% em maio. Em junho de 2004, o comprometimento do mínimo era de 64,27%.
“Esse conjunto de produtos que compõem a cesta básica, na média, subiu abaixo do que subiu o salário mínimo e isso se verifica tanto do ponto de vista da quantidade de horas (trabalhadas) necessárias para se adquirir esses produtos como também da sua participação líquida”, disse José Silvestre.
Segundo o Dieese, a redução no custo da cesta básica em 12 das 16 capitais pesquisadas em junho possibilitou uma queda na jornada de trabalho necessária para adquirir os produtos de primeira necessidade. Na média de todas as cidades, houve uma redução de mais de 3 horas: o trabalhador precisava de 116 horas e 49 minutos em junho, contra 119 horas e 54 minutos em maio. Em junho do ano passado, a jornada de trabalho necessária era de 130 horas e 34 minutos.
Panorama Brasil
Agencia Brasil
5/7/2005