CE reduz crescimento da eurozona para 1,8% e da UE para 2% em 2008

09/01/2009

Bruxelas, 21 fev (EFE).- A economia da eurozona (grupo dos países que adotam o euro como moeda) crescerá 1,8% este ano, e a do conjunto da União Européia (UE), 2%, segundo os novos cálculos da Comissão Européia (CE), que reduziu em quatro décimos sua previsão anterior para as duas áreas.

Os motivos da redução, segundo a CE, são a crise financeira, a desaceleração da economia nos Estados Unidos e a alta dos preços.

O órgão executivo da UE revisou para cima suas expectativas de inflação, a 2,6% para os países da moeda única e 2,9% para todo o bloco, apesar de ter previsto uma desaceleração progressiva ao longo do ano, até se situar em “níveis mais normais” no último trimestre.

O comissário europeu de Assuntos Econômicos e Monetários, Joaquín Almunia, reconheceu que a Europa “começa a sentir o efeito das turbulências em forma de menor crescimento e maior inflação”, mas destacou a resistência da economia continental, que está ajudando a superar a crise.

Almunia deixou claro que a melhor maneira de enfrentar a atual incerteza global é continuar com as reformas estruturais, manter uma política fiscal estável e aplicar as medidas acertadas pela UE para melhorar a coordenação e transparência no setor financeiro.

As novas previsões divulgadas hoje pela CE se limitam à evolução do PIB e à inflação para o ano corrente na UE e na eurozona e nas sete economias mais importantes – França, Alemanha, Itália, Reino Unido, Espanha, Polônia e Holanda -, que representam 80% do PIB de todo o bloco.

A CE confia em que a desaceleração européia será limitada, contando com uma recuperação rápida nos Estados Unidos – graças às medidas fiscais e monetárias adotadas por suas autoridades – e uma progressiva normalização da situação nos mercados financeiros.

No entanto, revisou para baixo suas expectativas de crescimento para seis dos sete países analisados (todos, menos a Holanda) e para cima as previsões de inflação.

A Itália sofreu o maior ajuste e crescerá 0,7% este ano (contra 1,4% previsto até agora). O maior crescimento deverá ser registrado pela Polônia, com um aumento do PIB de 5,3% (três décimos a menos que a previsão anterior).

Quanto aos preços, a Espanha liderará os ajustes, com um avanço de 3,7% da inflação e um diferencial previsto de 1,1 ponto em relação a seus parceiros do euro.

A Comissão Européia parte de uma hipótese de preço médio do petróleo de US$ 90 por barril do Brent este ano, 15% a mais que o previsto em novembro. A commodity é cotada hoje acima dos US$ 98 o barril.

Fonte:
Agencia Efe