Brasil ocupa 23º posição no ranking mundial dos exportadores

09/01/2009

O Brasil conseguiu avançar apenas uma posição num ranking da OMC (Organização Mundial do Comércio) que avalia os países líderes nas exportações: saiu da 24ª colocação em 2004 para a 23ª em 2005.

Os seis primeiros exportadores do ano passado mantiveram-se os mesmos do ano anterior: Alemanha (com participação de 9,3%), EUA (8,7%), China (7,3%), Japão (5,7%), França (4,4%) e Holanda (3,9%).

Embora modesto, o progresso brasileiro aconteceu num período que o comércio internacional começa a desacelerar. Segundo a OMC, enquanto em 2004 os embarques de mercadorias cresceram 9% (em volume), no ano passado a alta foi de 6% (um total de US$ 10,1 trilhões).

“A redução de ritmo é reflexo de uma economia mundial mais fraca, algo que começou a ser observado na metade de 2004”, aponta o relatório da Organização. O crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) global também recuou no último ano e fechou em alta de 3,3%, contra quase 4% em 2004. Para 2006, a OMC não foge desse patamar e prevê um aumento de 3,6%.

Os números refletem o inexpressivo avanço da economia européia – que se manteve praticamente estagnada nos últimos anos – e dos Estados Unidos. No ano passado, o PIB americano cresceu 3,4% e o comércio com outros países, 6%. Os resultados parecem razoáveis, mas são considerados enxutos para a economia dos EUA. Tanto que, pela primeira vez desde 1997, em 2005 o crescimento das importações foi menor que o das exportações, no país que mais consome produtos estrangeiros.

No sentido contrário, a China continua com seu crescimento avassalador: em 2005, teve alta de quase 10% no PIB, 11,5% nas importações e nada menos que 25% nas exportações. Considerando apenas as vendas externas, África e Oriente Médio também tiveram forte alta (7%), mas puxada quase essencialmente pelo petróleo.

O Brasil no cenário global
Os US$ 118 bilhões exportados pelo Brasil no ano passado (23% a mais que em 2004) não foram suficientes para fazer crescer a fatia que o País representa no comércio internacional. De acordo com a OMC, os brasileiros participam hoje com apenas 1,1% do total.

Fonte:
Agência Indusnet Fiesp