Brasil impulsiona exportações das Américas do Sul e Central

09/01/2009

O avanço de 28% das exportações de serviços comerciais do País fez com que as Américas Central e do Sul expandissem em 20% suas vendas
EFE

GENEBRA – O Brasil impulsionou o aumento das exportações de serviços comerciais das América Central e do Sul, incluindo o Caribe, em 2005. A afirmação, feita nesta terça-feira pela Organização Mundial do Comércio (OMC), mostrou que o avanço de 28% dessas exportações do País fez com que as Américas Central e do Sul expandissem em 20% suas vendas externas de serviços comerciais, com relação a 2004, garantindo-lhe o posto de local onde essas vendas mais aumentaram no mundo.

O forte crescimento brasileiro também fez com que a venda no exterior desse tipo de serviço nos países do Mercosul aumentasse 25% no ano passado. De acordo com os dados, o aumento das exportações de mercadorias na região também foi um dos mais fortes do mundo, ao alcançar 18,5%.

Segundo o órgão, a média mundial de crescimento das vendas externas foi de 11% no período. O ritmo de crescimento do Brasil foi superado apenas por outras economias emergentes, como a China, que avançou 31%.

Em geral, as trocas comerciais da América do Sul e Central com o exterior, em ambos os sentidos, são os que mais cresceram em comparação a outras regiões do mundo, com exceção para as importações dos países da Comunidade dos Estados Independentes (CEI).

Aspecto negativo
O aspecto negativo dos dados reunidos no relatório da OMC está na comparação entre os correspondentes a 2005 e a 2004, pois se observa um esfriamento generalizado na economia e nas trocas comerciais.

Assim, o ritmo de crescimento das exportações de mercadorias passou de 12,5% (2004) para 10% (2005), e o das importações de 18,5% (2004) para 14% (2005).

O fluxo internacional de capitais públicos para a região também caiu, ao mesmo tempo em que o total das exportações – incluindo as de serviços – passaram de um crescimento de 29% para 25%.

Caso o Brasil seja excluído desse último cômputo, no qual o ritmo de crescimento dos investimentos passou de 32% para 23%, a queda foi um pouco mais moderada: de 28% para 26%.

O mesmo aconteceu com as importações em seu conjunto: entre 2004 e 2005 passaram de um crescimento de 28% na região para 22%; no Brasil, de 31% para 17%, e no resto da região – excluindo este país – de 27% para 24%.

Para este ano, a OMC calcula que a economia da América do Sul e Central crescerá entre 4% e 5%, o que representaria a manutenção do ritmo de 2005.

Fonte:
estadão.com.br