BRASIL E ITÁLIA DEBATEM POSSÍVEIS PARCERIAS NO SETOR AERONÁUTICO

20/03/2017

20/03/2017 – Thiago Vinholes

O Comando da Aeronáutica (COMAER) recebeu, na última sexta-feira (17), uma comitiva italiana composta pelo Secretário Geral da Defesa e Diretor Nacional dos Armamentos da Itália, Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos Magrassi; pelo Embaixador da Itália, Antonio Bernardini; pelo Adido de Defesa, Coronel Aviador Paolo Cianfanelli, entre outras autoridades. O objetivo da reunião foi estabelecer contatos para realizar possíveis parcerias no setores aeronáutico e aeroespacial.

O tema da discussão foram os aparelhos de pilotagem remota que, no futuro, vão estar vinculados aos satélites. Segundo comunicado da Força Aérea Brasileira (FAB), a ideia da Itália é desenvolver tecnologias para realizar o controle por satélite de Veículos Aéreos Não tripulados (VANTs) e criar uma rede de parceiros, na qual o Brasil pode ser um deles, devido à sua importância na América do Sul.

“Temos interesse em nos aprofundar nesses assuntos e a Itália poderá ser um parceiro futuro do Brasil”, ressaltou o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato.

AMX

O Brasil já desenvolveu em parceria com a Itália o projeto AMX, que originou o caça ítalo-brasileiro conhecido aqui como A-1. O acordo determinava que as fabricantes italianas, na época a Macchi e Aeritali, fossem responsáveis por cerca de 70% do programa, enquanto a Embraer assumiu os 30% restantes. O caça A-1 entrou em operação na Força Aérea Brasileira (FAB) em 1989. Em setembro de 2013, o então Esquadrão Adelphi recebeu o primeiro A – 1M versão modernizada pela Embraer.

Outro importante avião da FAB que nasceu de uma parceria com a Itália foi o jato de treinamento e ataque AT-26/EMB-326 Xavante. O modelo fabricado sob licença pela Ember entre as décadas de 1970 e 1980 era a versão nacional do Aermacchi MB-326G. O Xavante, retirado de serviço em 2015, foi o primeiro avião com motor a jato construido em série no Brasil.

Fonte: http://airway.uol.com.br/brasil-e-italia-debatem-possiveis-parcerias-no-setor-aeronautico/