Brasil antecipa meta para substituir diesel pelo biodiesel
09/01/2009
O Governo brasileiro anunciou esta segunda-feira que planeia antecipar em três anos, para 2010, a meta de misturar diesel convencional com 5% de diesel extraído de plantas oleaginosas, o chamado «biodiesel».
Nos próximos meses, a produção brasileira de biodiesel ascenderá a 1,3 mil milhões de litros por ano, o que permitirá antecipar a meta oficial inicialmente estabelecida para 2013, informou a estatal Agência Brasil.
A antecipação da meta permitirá ao Brasil substituir todo o diesel que actualmente importa, afirmou o responsável pelo Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel, Arnaldo de Campos.
Actualmente, o Brasil controla 11 unidades industriais de produção desse tipo combustível alternativo, com capacidade para produzir 640 milhões de litros por ano.
Outras 13 unidades encontram-se em fase final de construção e a permissão de funcionamento já foi solicitada à Agência Nacional de Petróleo (ANP), o regulador brasileiro do sector.
«Quando as 24 unidades estiverem em operação, o que deverá ocorrer neste primeiro semestre, serão 1,3 mil milhões de litros de biodiesel disponíveis no mercado», afirmou Arnaldo de Campos.
Esse volume é quase duas vezes mais do que o necessário para cumprir a meta inicial, que será obrigatória a partir de 2008, de misturar 5% de diesel vegetal aos tanques de todos os veículos a diesel do país.
«Um ano antes do planeado, estamos a conseguir uma capacidade mais que suficiente para atender a meta estabelecida», salientou Arnaldo de Campos.
Actualmente, o consumo brasileiro de diesel é de 40 mil milhões de litros por ano, o equivalente a 689.315 barris por dia.
Desse total, são importados cerca de 5%, ou dois mil milhões de litros anuais, ou seja, 12.580 barris por dia.
O programa de biodiesel permitirá, portanto, a completa substituição das importações do combustível derivado do petróleo pelo produzido a partir de vegetais, salientou o responsável.
A produção brasileira de diesel vegetal é feita a partir de óleo de soja, palmeira africana e de girassol, entre outros.
Fonte:
Diário Digital / Lusa