Bovespa tem quarta queda seguida

13/08/2008

São Paulo, 13 de Agosto de 2008 – Mesmo com os papéis da Petrobras em alta, em função dos resultados trimestrais divulgados, e da recuperação de algumas commodities no cenário externo, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) não resistiu à pressão das bolsas norte-americanas e encerrou o pregão com mais uma queda, a quarta seguida.

Ao final das negociações, o Ibovespa registrou desvalorização de 0,40%, aos 54.502 pontos, atingindo nova mínima desde janeiro. O giro financeiro chegou a R$ 5,19 bilhões. Numa sessão marcada por volatilidade, intensificada pela proximidade dos vencimentos de contratos futuros, o giro financeiro na bolsa brasileira somou R$ 5,19 bilhões.

A recuperação das commodities no mercado internacional, principalmente das metálicas, aliado aos resultados da Petrobras, não foram suficientes para sustentar o índice no pregão de ontem, que durante todo o dia operou descolado das bolsas norte-americanas. Segundo profissionais do mercado, mesmo com a recuperação dos preços de commodities metálicas no mercado internacional, os investidores passaram a temer que a queda recente desses produtos leve as empresas do setor a ter que renegociar preços com seus clientes, atingindo negativamente a capacidade de geração de receita.

Já o recuo no preço do petróleo registrado ontem não foi suficiente para derrubar as ações preferenciais da Petrobras. As ações da estatal subiram em função da divulgação do balanço, que veio acima das expectativas do mercado A empresa divulgou que seu lucro líquido atingiu R$ 8,783 milhões, sendo que o esperado pelos analistas era R$ 8 milhões. Com isso, as ações preferenciais da Petrobras encerram o dia em alta de 1,13%.

No mesmo sentido, os papéis preferenciais da TAM fecharam a sessão em alta de 0,29%, impulsionados pela divulgação dos resultados trimestrais. A empresa reverteu o prejuízo do segundo trimestre de 2007 e anunciou lucro líquido de R$ 50,2 milhões.
No âmbito corporativo externo, as principais praças acionárias não resistiram a pressão dos papéis do setor bancário. Pela manhã, o mercado repercutiu a notícia de que o JP Morgan já registrou prejuízo de aproximadamente US$ 1,5 bilhão em ativos imobiliários. Na Bovespa, o mais penalizado do segmento financeiro foi o Banco do Brasil (BB), que recuou 3,4%, para R$ 21,80.

Dentre os destaques positivos do Ibovespa estão Cesp PN, que subia 6,42%, a R$ 27,65; Embraer ON, que avançava 6,14%, a R$ 12,79; e JBS ON que registrava alta de 4,84%, a R$ 7,36. No sentido oposto, Duratex PN caía 5,55%, a R$ 25; e Vivo PN recuava 4,34%, a R$ 8,37. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o Ibovespa com vencimento em agosto registrava uma queda de 0,45%, a 54.500 pontos.

Gazeta Mercantil
Déborah Costa e Reuters