Bolsas asiáticas fecham em forte alta após Fed baixar taxa de juros em 0,75 ponto

09/01/2009

HONG KONG (Reuters) – Os mercados asiáticos tiveram uma quarta-feira de alta graças ao corte na taxa básica de juros feito pelo Federal Reserve na véspera e dois resultados surpreendentemente bons de dois grandes bancos de investimento em Wall Street, dando novo sopro de vida para ações do setor financeiro.

O dólar acompanhou o movimento e caiu, um dia depois de registrar sua maior alta frente ao iene em uma década. Às 7h45 (horário de Brasília) o índice MSCI da Ásia Pacífico exceto Japão tinha forte alta de 2,86%, a 438 pontos, próximo ao fim dos negócios.

A Bolsa de Tóquio disparou 2,48%, sendo que na véspera havia fechado em seu pior patamar desde agosto.

Ainda, analistas alertam para o exagero no que tem se mostrado uma semana volátil, lembrando que na terça-feira muitos índices despencaram para seus piores níveis em seis meses em meio aos temores do impacto da crise financeira na economia global. “O problema nos Estados Unidos é que os bancos não possuem capital o suficiente para emprestar e não temos tanta certeza se as medidas do Fed irão resolver o problema”, afirmou Damien Boey, estrategista de ações no Credit Suisse na Austrália.

“O que realmente é necessário é que o Fed compre esses ativos ruins em circulação. Assim, até este ponto, estamos muito cépticos a respeito dessa recuperação”.

Os mercados na Coréia do Sul e Hong Kong subiram 2%. A Índia avançou 1%.

Em empresas com forte exportação como a coreana Samsung Electronics figuravam entre as maiores altas com as expectativas de que o corte do Fed irá aliviar a economia dos Estados Unidos, que muito acreditam já estar em recessão.

Ações de empresas do setor financeiro como o HSBC e o Mitsubishi UFJ Financial Group também subiram.

O corte do Fed contrasta com as atenções dos bancos centrais asiáticos, voltadas para o combate à inflação, com a China pedindo aos bancos para segurar mais seus depósitos em reservas em vez de realizar empréstimos.

No Japão continua a busca por um presidente do banco central depois que o senado rejeitou pela segunda vez um indicado do governo para a posição.

Fonte:
Uol Economia