Bolsa perde 5,01% e tem 2ª maior queda do ano

09/01/2009

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em forte queda de 5,01%, nesta quarta-feira, aos 58.827 pontos. Foi a segunda maior queda porcentual de 2008 -atrás apenas dos 6,6% de 21 de janeiro.

As perdas do dia foram influenciadas pelo recuo expressivo dos papéis da Petrobras, Vale e de siderúrgicas, que exercem forte peso no índice. O movimento de baixa das ações acompanhou a forte desvalorização dos preços internacionais das commodities, após o Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos) ter manifestado na última terça-feira (18) estar preocupado com pressões inflacionárias nos Estados Unidos.

De acordo com o economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves, as perdas que “são reflexo da expectativa de desaceleração da economia norte-americana”, que devem levar a uma queda na demanda por commodities. “A Bolsa depende muito do que acontece com commodities. Só a Petrobras representa cerca de 40% do Ibovespa.”

As ações preferenciais da Petrobras, as de maior peso na carteira teórica, caíram 7,4%. Os papéis preferenciais da Vale, vice-líderes em peso no Ibovespa, perderam por 7,21%.

O dólar comercial avançou 1,77%, para R$ 1,721. Na véspera, o corte dos juros nos Estados Unidos e o alívio com o lucro de alguns bancos importantes de Wall Street permitiram que a moeda desabasse 1,9%.

As Bolsas asiáticas fecharam em forte alta nesta quarta-feira, ainda repercutindo o corte de 0,75 ponto percentual que o banco central dos Estados Unidos fez na sua taxa básica de juros.

Já as principais Bolsas européias ficaram no vermelho. O FTSE-100, de Londres, fechou com queda de 1,07%, aos 5.545 pontos. Em Frankfurt, o DAX cedeu 0,50%, para 6.361 pontos. Em Paris, o CAC 40 terminou aos 4.552 pontos, com declínio de 0,67%.

EUA: bancos aliviam tensão
O banco americano Morgan Stanley foi o terceiro a acalmar as tensões do mercado financeiro nos últimos dias. A instituição anunciou que seu lucro no primeiro trimestre foi de US$ 1,551 bilhão. O número é 42% menor que o registrado no mesmo período do ano passado, mas, ainda assim, supera expectativas de analistas.

Na terça-feira, os bancos Goldman Sachs e Lehman Brothers, apesar de terem anunciado forte queda nos ganhos trimestrais, também mostraram resultado acima do previsto, o que ajudou a reduzir as preocupações sobre a crise de crédito nos Estados Unidos.

Fonte:
Uol Economia
Com informações de Agência Estado, Reuters e Valor Online