“BC não precisa fazer mais esforço para controlar inflação”, diz Mantega

09/01/2009

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que o Banco Central (BC) não precisa fazer “muito esforço” para controlar a inflação. A declaração foi feita durante o 3º Fórum de Economia, promovido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

“Conseguimos levar a inflação brasileira a um patamar favorável. Agora não precisamos usar mais o esforço usado antes para manter essa inflação. Não estamos exigindo do BC um grande esforço, apenas manter o atual patamar. É uma nova fase da economia”, disse Mantega. Em defesa do controle da inflação, Mantega afirmou ser “importante para manter o poder aquisitivo da população”.

O ministro defendeu o que chamou de “a nova política econômica” do governo Luiz Inácio Lula da Silva. “No período recente, deixamos de ser um país de incertezas, passamos para um ciclo de desenvolvimento. Não se trata mais crescimento efêmero, de um ano, um ano e meio”, afirmou.

Segundo ele, o Brasil passa por um crescimento sustentável, devido à expansão do mercado externo e interno. De acordo com Mantega, esse crescimento sustentável só se dá por estabilidade de preços, responsabilidade fiscal e redução de vulnerabilidade externa.

O ministro também ressaltou que daqui a dois meses a taxa básica de juros, a Selic, irá completar um ano de queda. “A taxa de juros vai baixando à medida que se verifica solidez da economia. A Selic continua caindo, daqui a dois meses teremos quase um ano de redução”, endossou.

Tributação
Mantega admitiu que houve um aumento na quantidade de tributos aplicados na última gestão, o que gerou um crescimento na receita do governo. No entanto, disse que as alíquotas dos tributos foram reduzidas. “De 2003 até hoje houve uma renúncia fiscal de R$ 19 bilhões de 2003”, disse.

O ministro endossou que o governo cumprirá a meta fiscal estabelecida. “Aposto uma caixa de vinho estrangeiro com vocês que vou cumprir a meta”, afirmou. Mantega fez a promessa, admitindo no entanto que os gastos nos Estados e municípios é muito maior em ano eleitoral.

Fonte:
Invertia
Luciana Bruno