BC continuará intervenção no câmbio até o final do ano
25/06/2014
O Banco Central informou nesta terça-feira que estenderá pelo menos até 31 de dezembro de 2014 o programa de leilões de swap (o equivalente à venda de dólares no mercado futuro) que ficou conhecido como "ração diária" para manter o real sob controle. Em nota, a autoridade monetária informou que tomou a decisão considerando a necessidade de proteção cambial ("hedge") demandada pelos agentes econômicos e que vem sendo atendida pelo programa de leilões de swap e venda de dólares implementado pelo BC em agosto de 2013.
Segundo o BC, haverá leilões de swap de segunda a sexta-feira, quando serão ofertados 200 milhões de dólares por dia. Esses leilões de venda de dólares com compromisso de recompra serão realizados em função das condições de liquidez do mercado de câmbio. "Sempre que julgar necessário, o Banco Central do Brasil poderá realizar operações adicionais de venda de dólares através dos instrumentos ao seu alcance", informou a instituição em nota.
As intervenções no mercado de câmbio, iniciadas em agosto do ano passado quando o dólar se aproximou de 2,45 reais, têm ajudado a manter a moeda americana oscilando dentro de uma faixa entre 2,20 e 2,25 reais.
Boa parte do mercado estima que o BC não quer o dólar acima de 2,25 reais devido ao potencial impacto sobre a inflação, que ainda flerta com o teto da meta do governo. Nesta terça-feira, o dólar fechou cotado a 2,2267 reais.
Em agosto, o dólar subiu na esteira das incertezas sobre o futuro do programa de estímulos do Federal Reserve, banco central norte-americano. Naquele momento, a autoridade monetária brasileira ofertava todos os dias, com exceção de sexta-feira, até 10 mil contratos de swaps. No último dia útil da semana, fazia leilões de venda de dólares com compromisso de recompra, conhecidos como leilão de linha.
No início deste ano, com o dólar mais comportado a 2,35 reais e sinais consistentes de que o Fed continuaria cortando seus estímulos de forma gradual, o BC passou a ofertar diariamente até 4 mil contratos por dia e interrompeu os leilões de linha. Na época, o BC informou que isso ocorreria "pelo menos até 30 de junho de 2014".
(Com Estadão Conteúdo e Reuters)
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