Balança comercial brasileira fecha 2008 com resultado menor que o de 2007

03/01/2009

Diferença entre importações e exportações ficou em US$ 24,7 bilhões

Luciane Kohlmann

O Brasil alcançou em 2008 o maior nível de exportações da história: mais de US$ 197 bilhões. Depois do minério de ferro e do petróleo, os produtos agrícolas lideram as vendas. Entre as principais mercadorias embarcadas estão a soja em grão, a carne de frango, o farelo de soja, o café em grão e a carne bovina. Apesar do valor movimentado, a balança comercial do ano registrou um superávit 38% menor que o de 2007. O saldo ficou em US$ 24,7 bilhões, o menor valor dos últimos seis anos. 
 
– O ano de 2008 foi um ano muito bom para as exportações brasileiras. Houve um crescimento de mais de 25%, nós diversificamos a pauta de exportações, diversificamos nossos destinos das exportações. Meses atípicos foram novembro e dezembro, meses em que houve um crescimento mais tímido das exportações e principalmente das importações – destaca o secretário do Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimenti, Indústria e Comércio Exterior, Welber Barral.

Em 2008 o saldo da balança comercial, que é a diferença entre as exportações e as importações, ficou em US$ 24,7 bilhões, o menor valor desde 2002, quando houve um superávit de US$ 13 bilhões. Mesmo assim, o governo Lula avalia o resultado como positivo, e espera repetir o mesmo desempenho em 2009.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a tendência para este ano é de preços das commodities em queda e dólar em alta, o que deve compensar as vendas. O secretário de Comércio Exterior acredita que o primeiro semestre de 2009 será muito ruim para o mundo inteiro, mas que pode haver uma recuperação a partir de julho. Para ele, o Brasil não deve ser muito prejudicado e vai seguir exportando bons volumes.

No entando, medidas de redução de carga tributária e de custos de logística são essenciais. Welber Barral ressalta que o exportador terá que ser mais criativo em meio a essa crise.

– O exportador brasileiro vai ter que ter imaginação, vai ter que continuar a criar diferenciais de produto, vai ter que manter os mercados já conquistados, porque retomar depois é mais difícil, e vai ter que diversificar o destino das exportações.

Fonte:
Canal Rural