Baixa renda puxa alta da procura por crédito em fevereiro, diz Serasa Comente

11/03/2013

Os consumidores que ganham até R$ 500 têm puxado a alta na procura por empréstimos no país, segundo o indicador Serasa Experian da demanda do consumidor por crédito divulgado nesta segunda-feira (11).

Em fevereiro, todas as faixas de rendimento mensal registraram crescimento nas demandas por crédito, sendo que os maiores avanços concentraram-se nas camadas inferiores de rendimento mensal. Na comparação anual, houve alta de 12,5% para os consumidores que ganham até R$ 500 mensais; 8,9% para os consumidores que recebem entre R$ 500 e R$ 1.000 mensais; e avanço de 5,3% para os consumidores cujo rendimento mensal fica entre R$ 1.000 e R$ 2.000.

Ainda de acordo com o Serasa. no acumulado do primeiro bimestre, estas três mesmas faixas de renda concentram os maiores aumentos em termos de demanda dos consumidores por crédito: altas de 15,6%, 11,8% e 8%, respectivamente.

Já os consumidores que possuem rendas mensais mais elevadas estão registrando crescimentos menos expressivos: altas de 2,9%, 1,7% e 2,8% para os consumidores que ganham entre R$ 2.000 e R$ 5.000; R$ 5.000 e R$ 10 mil; e mais de R$ 10 mil, respectivamente.

Aumenta o número de pessoas que procuram por crédito

Segundo a Serasa, a quantidade de pessoas que procurou crédito em fevereiro de 2013 avançou 6,9% em relação ao mesmo mês do ano passado. Foi a quinta alta seguida neste critério de comparação.

"O processo de reativação da demanda do consumidor por crédito, do qual o resultado de fevereiro foi mais um exemplo, relaciona-se com a atual tendência de diminuição dos níveis de inadimplência e com as taxas de juros mais baixas", disseram os economistas da Serasa Experian em nota.

Norte e Nordeste lideram altas no país

A demanda do consumidor por crédito foram puxadas pelas regiões Norte (crescimento de 13,2%) e Nordeste (expansão de 11%). As regiões Sul e Sudeste registraram, em fevereiro, crescimentos das demandas dos consumidores por crédito de 7% e 5,7%, respectivamente.

O menor crescimento da procura por crédito foi registrado pelos consumidores do Centro-Oeste com alta de apenas 2,2%.

 

Fonte:

Uol Economia