Aumento no IPI dos veículos. Veja cuidados na hora da compra

05/01/2014

Uma importante notícia desse início de ano é que o aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) vai significar reajuste de até 2,2% no preço repassado ao consumidor. A alteração da alíquota será feita em duas etapas: a partir de janeiro e em 1.º de julho de 2014.
Esse aumento pode representar para o consumidor uma preocupação maior caso ele tenha planejado comprar um veículo, sendo necessário um melhor planejamento, se já tinha dinheiro poupado para a compra a vista pode ser interessante tentar negociar com os valores do IPI antigo. Caso contrário é necessário se planejar melhor. 

Além disso, para quem planeja essa compra, recomendo cuidados. Pois, a maioria dos consumidores só pensa nos valores da compra do veículo e das prestações que pagará mensalmente e esquece que isso ocasionará diversos outros custos, como despesas de manutenção, combustível, IPVA, seguros, licenciamento, lavagens e, até mesmo, possíveis multas.
Em média, o custo mensal equivale, em média, a 3% do valor do carro, assim, manutenção de um veículo de 20 mil reais, por exemplo, tem um custo de aproximadamente 600 reais mensais.
Para saber o momento certo de adquirir um veículo é preciso descobrir em que situação financeira o consumidor se encontra, para tanto separo em três grupos a situação das finanças pessoais: os endividados, os equilibrados financeiramente e os poupadores, e cada um desses grupos devem tratar a compra de formas diferentes.
Os endividados não devem nem pensar em comprar um veículo nesse momento, a prioridade deve ser sair das dívidas e um custo a mais em seu orçamento é praticamente assinar o certificado de falência financeira. A prioridade no momento deve ser resolver os problemas com finanças pessoais, reduzindo gastos desnecessários e caso tenha o sonho de ter um veículo, este deve ser planejado em um prazo longo de tempo, quando, além do fim das dívidas, essa pessoa já tenha feito uma poupança que dará a garantida de que pode comprar com reservas para os gastos extras que terá.
Os equilibrados financeiramente também preocupam, pois, por não possuírem dívidas pensam que essa é hora de “investir” em um novo veículo ou em trocar o que já possui, agindo por impulso. Mas, não percebem que não possuem dinheiro em caixa para comprar à vista e que para um financiamento longo é necessário planejamento. Tornando esta compra o grande passo para sair do equilíbrio financeiro, se tornando endividado. Sem contar que se esquece do valor de manutenção que este veículo acrescentará em seu orçamento financeiro. 
O consumidor equilibrado deve refletir sobre se realmente quer esse bem de consumo, e caso a resposta seja positiva, iniciar imediatamente uma poupança, que terá como objetivo a troca, nunca se esquecendo dos gastos extras.
Para os poupadores o momento é de análise, tendo que refletir se é realmente necessário um novo veículo, se for e tiver dinheiro para compra a vista, essa é uma boa hora. Se faltar alguma quantia que terá que financiar, pode até fazer, mas, cuidado para que a parcela caiba em seu orçamento mensal e que também tenha dinheiro para os gastos de manutenção.

Caso a pessoa já possua um veículo e queira outro, terá que refletir quais as vantagens de um novo carro e se os gastos de dois veículos não são arriscados. Sempre reforço que um veículo não é investimento, em função de sua rápida desvalorização. O consumo de bens deve sempre estar associado a reais necessidades e não a impulsos consumistas do momento.

 

 

 

Fonte:

Teresópolis Jornal