Atividade da indústria paulista recua 8,5% em 2009
28/01/2010
SÃO PAULO, 28 de janeiro de 2010 – O Indicador de Nível de Atividade (INA), calculado mensalmente pela Federação e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp/Ciesp), registrou queda de 8,5% em 2009. Em dezembro, o INA declinou 7,6% em relação ao mês anterior, sem ajuste sazonal. Já com ajuste, o resultado é positivo, 2,4%. Mesmo com queda de 7,6%, este é o melhor dezembro em nove anos.
Para Paulo Francini, diretor-titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp e do Ciesp, os resultados mostram sinais de recuperação, mas ainda estão longe dos níveis do período pré-crise.
Já o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) da indústria paulista, sem ajuste, ficou em 80,9% em dezembro, contra 82,4% em novembro. "A NUCI está folgada, tranquila, muito bem disposta", comentou Francini.
Entre os setores analisados, Alimentos e Bebidas terminou o ano com resultados positivos e, segundo Francini, passou imune pela crise; cresceu 1,1% com ajuste em dezembro, e 7,4% no saldo de 2009.
Por sua vez, o setor de Máquinas e Equipamentos segue em recuperação – alta de 2,8% no último mês -, mas ficou com saldo negativo de 25,2% no ano. "Esse segmento foi fortemente afetado pela crise. Depois de se afundar no precipício, em meados do ano passado, entrou em rota de recuperação".
O setor de Veículos Automotores chama atenção pelo forte crescimento de dezembro, em relação ao mesmo mês em 2008: 156,3%. Frente a novembro, a alta, com ajuste, foi de 5,4%. Em 2009, no entanto, o segmento carregou uma baixa de 7,3%.
O primeiro Sensor divulgado no ano, referente ao mês de janeiro, mostra que o empresariado paulista está otimista. Com 53,9 pontos, o indicador dá sinais positivos quanto à expectativa da indústria para o ano pós-crise. Mercado e Emprego foram destaques, com 57 pontos cada. "O comportamento do Emprego revela o quanto as empresas estão dispostas a contratar", comentou Francini.
Vendas e Investimentos ficaram na casa dos 52 pontos, enquanto que Estoque fechou com 50,6 pontos, o que, na avaliação do diretor, é o patamar ideal para o setor.
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(Redação – Agência IN)