Após queda de mais de 60% da Bolsa no ano, China pede ajuda a fundos institucionais

03/12/2008

Xangai, 3 dez (EFE).- A Comissão Reguladora da Bolsa de Valores da China (CRMV) está tratando de encorajar os investidores institucionais do país a destinar mais capital aos pregões nacionais e ajudá-los a restabelecer a confiança nos mercados de valores nacionais, cujo principal indicador caiu mais de 60% este ano.

Segundo conta hoje o jornal estatal "Shanghai Daily", o diretor da CRMV, Shang Fulin, disse durante seu discurso em um fórum da bolsa em Shenzhen, no sul – segundo mercado do país -, que fixou o objetivo de aumentar a proporção de capitais de seguradoras e fundos de previdência investidos na bolsa.

No final de novembro, cerca de 50% das ações cotadas nos pregões de Xangai e Shenzhen estavam nas mãos de investidores institucionais, mas eles ainda são relativamente poucos na China, assinalou Shang para justificar o pedido de seu órgão.

A imprensa oficial não precisou, no entanto, se haverá incentivos para atrair essa maior participação institucional no mercado.

Por sua vez, o presidente do Conselho Nacional para o Fundo da Seguridade Social, Dai Xianglong, antecipou na sexta-feira passada que previa investir mais dinheiro dos fundos de previdência chineses na Bolsa de Valores.

Somente em novembro, 10 bilhões de iuanes (cerca de 1,15 bilhão de euros ou US$ 1,45 bilhão) dos fundos de previdência foram investidos na bolsa chinesa.

A Bolsa de Xangai, principal pregão chinês, alcançou seu recorde histórico em outubro de 2007 ao superar os 6 mil pontos, mas, desde então, caiu cerca de 60%, pior comportamento de todos os mercados asiáticos neste ano.

Fonte:
Efe