Analistas reduzem para 3,01% previsão de crescimento do PIB em 2006

09/01/2009

Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) reviram suas posições e agora prevêem um crescimento de 3,01% para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas do país) deste ano.

Uma semana antes, o Relatório Focus, que reflete a apuração do BC, mostrava que a projeção dos operadores do mercado era de que a economia brasileira deveria crescer 3,09%. Para 2007, o crescimento aguardado é de 3,5%, nível inalterado há seis semanas.

Oficialmente, o BC espera crescimento de 3,5% para o PIB, enquanto o Ministério da Fazenda aposta em 4% de avanço.

Além da revisão do indicador de crescimento da economia, o mercado financeiro alterou para cima sua estimativa para o índice oficial de inflação deste ano. Pelo relatório de mercado mais recente, a projeção do Índice de Preços ao Consumidor Amplo ficou em 3,01%, em vez dos 2,98% calculados uma semana atrás, mantendo-se abaixo da meta estipulada pelo governo para 2006, de 4,50%.

Para 2007, a previsão é de que o indicador tenha alta de 4,20% e não de 4,30% como o apresentado anteriormente.

Segundo as previsões, o superávit da balança comercial deve alcançar US$ 43 bilhões em 2006 e US$ 36 bilhões no ano seguinte, nível idêntico ao calculado anteriormente.

A estimativa para a entrada de investimentos estrangeiros neste ano foi mudada de US$ 15,72 bilhões para US$ 15,50 bilhões, mas a de 2007 foi conservada em US$ 16 bilhões.

A previsão média para as contas correntes brasileiras é de um superávit de US$ 10,5 bilhões neste exercício e não mais de US$ 10 bilhões. No calendário seguinte, o prognóstico é de US$ 5 bilhões, o mesmo de uma semana atrás.

A mediana das estimativas dos analistas para a produção industrial é de incremento de 3,56% em 2006 e de avanço de 4,30% nos próximos 12 meses.

Os prognósticos para os demais indicadores de inflação foram reduzidos: a expectativa para o IGP-DI, por exemplo, saiu de 3,22% para 3,15%; a previsão para o IGP-M é de incremento de 3,27%, quando, antes, era de 3,31%; e o IPC da Fipe deve situar-se em 1,78% em 2006, em vez de 1,83%.

Fonte:
Uol Economia