Acidente supera o da Gol e é o mais trágico da história

09/01/2009

A capital paulista terminou a terça-feira em chamas e tragédia. Acompanhado por todo o País pelas emissoras nacionais, e também no exterior com chamadas nas redes internacionais, o acidente da noite de hoje com o Airbus A-320 vôo 3054 da companhia TAM supera o maior acidente aéreo da história do País – o do Boeing 1907 da companhia Gol, ocorrido num intervalo de menos de dez meses, em 29 de setembro do ano passado, e que deixou 154 mortos.

Por volta das 18h45 de hoje, o vôo 3054 da TAM, que partiu de Porto Alegre às 17h16, não conseguiu realizar com êxito o pouso na pista do terminal aeroportuário paulista e derrapou. A aeronave caiu na Avenida Washington Luís e se chocou com o prédio da TAM Express ao lado de um posto de gasolina, provocando um forte incêndio, que interditou toda a região do Aeroporto de Congonhas.

Este novo acidente aéreo supera o da Gol, caso seja confirmada a morte dos 176 passageiros que estavam na aeronave. Deste número, 170 eram passageiros – entre eles, funcionários da TAM. Os outros seis eram tripulantes da aeronave. Com a morte já confirmada de um funcionário do prédio da TAM Express, este número pode ser de 177 mortos. Há ainda outros feridos graves do prédio da TAM Express, que foram direcionados para hospitais da região.

É o segundo acidente de grandes proporções na história da companhia e novamente em área urbana. Em 31 de outubro de 1996, o Fokker 100 da empresa caiu 25 segundos depois de ter decolado no Aeroporto de Congonhas.

Naquela ocasião, 99 pessoas morreram. O vôo 402 saiu do terminal aeroportuário em São Paulo, com destino ao Rio de Janeiro, às 8h26. Foram apenas 25 segundos da decolagem à explosão, dois quilômetros adiante. O avião se chocou sobre diversas casas no Jabaquara, zona sul paulistana. Além dos 96 ocupantes da aeronave, outras três pessoas em solo foram atingidas e morreram carbonizadas.

Crise

O novo acidente da TAM acentua a crise aérea deflagrada com o acidente do ano passado. Desde então, a situação dentro do governo federal se manteve tensa. Controladores se rebelaram, chegando a fazer greve, e os passageiros sofreram com os invariáveis atrasos dos vôos e com o aumento da insegurança do sistema aéreo.

As condições operacionais do Aeroporto de Congonhas também vêm sendo questionadas há tempos por especialistas da área. Além do aumento na demanda de passageiros, o terminal sofre com gargalos de infra-estrutura, com problemas em equipamentos e nas pistas.

Fonte:
A Tarde