A Nova Estrada para a Energia Fotovoltaica no Brasil

20/12/2012

Após oito meses de sua saída, a Resolução  nº 482/2012 da Agência Nacional de Energia elétrica, que estabelece  as condições gerais para o acesso  de micro geração  e mini geração distribuída aos sistemas de distribuição de energia elétrica, foi aprovada.

A norma, que è destinada a reduzir as barreiras para as instalações de geração distribuída de pequenas instalações fotovoltaicas, criou o Sistema de Compensação  de Energia, que permite ao consumidor  instalar pequenos geradores fotovoltaicos  e trocar energia com a rede elétrica.

Em base aquilo que  é descrito  na Resolução, a instalação fotovoltaica  presente em uma residência, irá produzir energia e aquilo que não é consumido, será  injetado no sistema de distribuição de energia, que  utilizará os créditos para reduzir o consumo nos meses seguintes:  estes créditos poderão ser utilizados em um período de 36 meses.

A iniciativa da ANEEL é um importante sinal, uma vez que um grande obstáculo para o desenvolvimento de geração de energia fotovoltaica, é o compromisso das instituições governamentais na criação de regras que permitam uma fluidez nos investimentos  e a integração de novas tecnologias ao sistema.

Considerando os benefícios, a agência, além de oferecer melhores condições para o desenvolvimento sustentável no Brasil, traz consigo vantagens sobre a geração centralizada tradicional, como, por exemplo, a economia em investimentos na  transmissão,  melhoria da qualidade do serviço de energia elétrica e redução de perdas na rede.

A geração de energia no país é representado por cerca de 76% de sistemas  hidrelétricos, e mesmo se é utilizado  uma “fonte renovável” (água) para criar a energia cinética para gerar eletricidade, a construção de usinas hidrelétricas de grande porte  gera um grande impacto ambiental (antrópico, geológico, e da flora e fauna) nos locais interessados, visto que  estas usinas necessitam de  grandes áreas inundadas para criar o reservatório que armazenará a água.

O país terá que instalar 7GW ano para alcançar a meta de 180 GW de capacidade instalada até 2019, portanto, para facilitar essa expansão é necessário diversificar sua matriz energética, onde neste novo contexto, juntamente com a redução de custos (obtenção da Grid Parity) e condições climáticas favoráveis ​​(alto índice de irradiação), a presença da energia fotovoltaica no Brasil ainda é irrisoria , com uma capacidade instalada de cerca de 25 MW : o que  equivale a 0,001% do total produzido mundialmente.

Outro ponto que pode favorecer  o desenvolvimento do mercado do sistema fotovoltaico no Brasil, é o facto de que o país tem uma das maiores reservas do mundo de silício, a matéria-prima utilizada para a produção de componentes fotovoltaicos.