Xangai se recupera, mas mercados europeus têm baixa

09/01/2009

Um dia após a queda histórica de 8,94% (maior em 10 anos), a Bolsa de Xangai fechou com alta de 3,94% nesta quarta-feira. No entanto, a recuperação na China não ajudou o restante dos mercados. A maioria das bolsas asiáticas encerrou o pregão em baixa e os europeus iniciaram o dia também em queda.

No Japão, o índice Nikkei encerrou em baixa de 2,85%, a 17.604,12 pontos. Logo após a abertura, o índice japonês registrou queda de mais de 700 pontos, acima de 3%, mas depois se estabilizou em torno dos 500 pontos de baixa, tendo a maior queda desde os ataques de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos.

O volume de negócios foi recorde e o índice mais amplo da bolsa, o Topix, perdeu quase 156 bilhões de dólares em valor de mercado, mais do que o produto interno bruto da Venezuela em 2005.

As ações da Nikko Cordial foram as mais atingidas pelo movimento de venda, despencando 14,9% depois que um jornal publicou que a corretora deve ser retirada da bolsa após um escândalo contábil.

As perdas do mercado fizeram a bolsa de Tóquio limitar os negócios e suspender brevemente os futuros do Topix.

A Bolsa de Seul fechou com o índice Kospi caindo 37,26 pontos (2,56%), para 1.417,34, enquanto o índice de valores tecnológicos Kosdaq caiu 10,59 (1,73%), até 600,93.

Já a Bolsa de Valores de Hong Kong fechou o pregão com o índice Hang Seng caindo 2,46%. Uma baixa de 496,36 pontos, para 19.651,51. Investidores atrás de ofertas buscaram papéis do setor financeiro um dia depois da queda do mercado de Xangai.

Gerentes de fundos locais, ecoando visões de alguns de seus pares na região, viram na correção uma oportunidade de compra e disseram que dois dias de perdas não são sinal de fim do movimento de valorização dos mercados..

Na Cingapura, o índice Straits Times está em 5,57% negativos. A Bolsa de Manila registrou queda de 7,92.

Em Kuala Lumpur, a Bolsa mergulhou 8% nos primeiros minutos. Sydney fechou em baixa de 2,72%.

Europa
As bolsas européias iniciaram o pregão também em baixa. A Bolsa de Valores de Milão abriu o pregão de hoje com o índice S&P/MIB caindo 1,61%, para 40.946 pontos, enquanto o índice geral Mibtel caiu 1,68%, até 31.633. Em Madrid, o índice geral caiu 3,09% já no início do pregão de hoje.

O índice CAC 40 de Paris iniciou o dia em queda de 2,01%, mas às 8h25 GMT (5h25 de Brasília) o retrocesso era de 1,51%.

Em Frankfurt, o índice Dax registrava baixa de 1,34% e, em Londres, o Footsie iniciou a sessão em queda de 1,61%.

Zurique abriu o pregão com o índice geral SMI (Swiss Market Index) caindo 163,61 pontos (1,83%), para 8.746,61.

As bolsas de todo o planeta caíram na terça-feira, diante do temor de uma desaceleração econômica nos Estados Unidos e da explosão da bolha no mercado de valores chinês.

Expectativa
As atenções do mercado agora se voltam para os Estados Unidos e esperam a abertura das bolsas, depois que as norte-americanas despencaram e operadores vaiaram depois do fechamento do pregão na bolsa de Nova York na terça-feira. O índice S&P 500 registrou a maior baixa diária em mais de 3 anos e meio.

O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, recuou 3,29%, para 12.216 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq desmoronou 3,86%, para 2.407 pontos. O índice Standard & Poor’s 500 despencou 3,44%, para 1.399 pontos.

“Isso realmente dói”, disse Tatsutyuki Kawasaki, diretor de ativos da Kaneyama Securities. “A pergunta é se Nova York será capaz de se recuperar. Se não conseguir, os investidores começarão a buscar motivos por trás de toda essa venda.”

Fonte:
Invertia
Com agências internacionais.