Wal-Mart vai investir R$ 850 milhões no Brasil
09/01/2009
O Wal-Mart, terceira maior rede de supermercados do País, vai investir no próximo ano R$ 850 milhões na abertura de 28 novas lojas. É o maior número de inaugurações desde que a companhia se instalou no Brasil, em 1995. A rede deve fechar 2006 com 14 novas lojas, um investimento de R$ 600 milhões. Outros R$ 200 milhões são destinados a reformas. O Wal-Mart deve chegar a dezembro com 304 lojas no País.
O maior destaque nesse plano de expansão será a bandeira Todo Dia, voltada para a baixa renda. A idéia é disputar o consumidor de baixo poder aquisitivo com as bandeiras Dia%, do grupo Carrefour, e CompreBem, do Pão de Açúcar. Entre as unidades que serão abertas em 2007, dez serão da bandeira Todo Dia. Outras duas levarão a bandeira Maxxi, uma rede de atacado com foco nas classes C e D que o Wal-Mart recebeu na compra do Sonae.
O presidente do Wal-Mart no Brasil, Vicente Trius, observou que a estratégia de crescimento da rede é multiformato, mas deixou claro que a intenção é acelerar o crescimento na baixa renda – que movimenta R$ 140 bilhões ao ano no Brasil. “É um segmento em que há grande demanda e que nós não priorizamos nos últimos anos.” Serão abertos também nove hipermercados, dois Sam’s Club – atacado que também atende ao público A e B – e cinco supermercados.
Trius não revelou em que regiões o Wal-Mart abrirá novas lojas. Mas deu a entender que nos 17 Estados onde a empresa já está presente o potencial de crescimento é elevado. Nas inaugurações para 2007 estão previstas também a abertura de 19 farmácias. “Conforme o tamanho da loja podemos abrir também restaurantes, lanchonetes e postos de gasolina.
O Wal-Mart começou agora a se reposicionar para atender o público de baixa renda no Nordeste. As bandeiras Balaio, em Recife, e Mini Bompreço, em Salvador, foram convertidas para Todo Dia num teste piloto.
A conversão, segundo o vice-presidente de Desenvolvimento do Wal-Mart, Ciro Schmeil, aumentou em 17% o número de transações nas duas unidades. “Preço baixo neste formato é fundamental, mas vamos investir também em conveniência, com serviços como diferencial para agradar o consumidor.
Trius desconversou em relação à possibilidade de novas aquisições da rede no próximo ano. Mas segundo comentários de mercado as negociações para a compra do Atacadão, um dos alvos do Wal-Mart teria esfriado. O fluxo de caixa da rede a longo prazo seria pouco atrativo comparado a seu preço. “É uma rede fantástica, com lojas muito boas, e ponto final”, disse Trius sobre o Atacadão. “Não vou falar mais sobre isso.
Fonte: Agência Estado