Volta das preocupações com a zona do euro puxa alta do dólar

05/01/2012

Depois de fechar em queda nos dois últimos pregões, o dólar comercial não resistiu à volta do pessimismo e fechou em alta nesta quinta-feira (5). A preocupação com a zona do euro voltou a falar mais forte, conforme a França pagou mais caro para emitir dívida e as ações de bancos desabaram.

A moeda norte-americana avançou 0,74%, a R$ 1,8404 para venda.

Nesta primeira semana de 2012, o dólar acumula queda de 1,48% até o momento.

O operador da B&T Corretora de Câmbio Marcos Trabbold atribiu a alta do dólar mais uma vez ao ambiente de aversão a risco no cenário externo, ainda por preocupações com o impacto da crise de dívida da zona do euro sobre a economia global.

"Hoje estamos sendo particularmente afetados. As bolsas lá fora até deram uma melhorada, mas a Bovespa continua no vermelho. Com isso, é dólar para cima", afirmou.

O Ibovespa caía cerca de 1,2% no final da tarde, a despeito da melhora em Wall Street.

A valorização da taxa de câmbio no Brasil ficou em linha com o desempenho da moeda no exterior, que alcançava o maior nível em um ano frente a uma cesta de divisas. O euro, por outro lado, caía à mínima em 15 meses ante a divisa norte-americana e ao piso em 11 anos contra o iene.

Investidores seguiam temerosos com a situação de economias no centro da crise de dívida europeia, especialmente Itália e Espanha, e com o aumento nos custos de capitalização de bancos. Um leilão de bônus franceses pouco amenizava as preocupações.

Além dos temores relacionados à Europa, o dólar teve fôlego extra por dados mostrando contínua recuperação no mercado de trabalho norte-americano, o que reduz as chances de uma nova rodada de estímulos por parte do Federal Reserve (banco central norte-americano), que em outras ocasiões inundou o mercado de liquidez.

A geração de emprego no setor privado norte-americano saltou em dezembro, com as empresas contratando mais 325 mil funcionários, enquanto os pedidos de auxílio-desemprego caíram, elevando esperanças de que a recente melhora no mercado de trabalho continue em 2012.

Fonte:
G1
(Com informações da Reuters e do Valor Online)