Varejo de SP apresenta melhora de 0,8% na 1ª quinzena de julho, revela Associação Comercial
17/07/2015
O Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) indica um aumento médio de 0,8% no movimento de vendas na capital paulista na primeira quinzena de julho em comparação com o mesmo período do ano passado. Isoladamente, houve alta de 1,8% nas vendas à vista e recuo de 0,2% nas vendas a prazo. Ante os quinze primeiros dias de junho, porém, a pesquisa assinala resultados inversos: retração média de 8%, com recuos de 15% nas vendas à vista e de 1,1% a prazo. Essas quedas no confronto mensal eram esperadas, uma vez que junho contou com o Dia dos Namorados. Além disso, julho é um mês em que muitos consumidores viajam, diminuindo o movimento nas lojas da cidade. Segundo o presidente da ACSP e da Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo), Alencar Burti, o desempenho é positivo, mas com ressalvas. “Esses dados não podem ser projetados para o restante do mês ou do ano. Mas sabemos que a segunda metade do ano tradicionalmente é melhor para o comércio”, diz. Embora a alta de 0,8% de fato seja positiva, a comparação com 2014 deixa os dados mais frágeis. Naquele ano, a Copa do Mundo obrigou diversos estabelecimentos a reduzirem os horários de funcionamento em alguns dias de jogo, criando uma base de equiparação mais fraca em 2014.
Inadimplência estável: os dados de inadimplência do Balanço de Vendas da ACSP apresentam sinais de estabilidade. O Indicador de Registro de Inadimplentes (IRI) teve queda de 5% frente à primeira quinzena de julho de 2014. Já quando defrontado com os quinzes primeiros dias de junho desse ano, o aumento é de 24%. Essa elevação na variação mensal aconteceu em função das compras de Dias das Mães: muitos consumidores que adquiriram itens na data festiva encontram-se agora em situação de dívida, não conseguindo pagar parcelas do crediário. Já o Índice de Recuperação de Crédito (IRC), que analisa os cancelamentos de dívidas, registrou recuo de 5,6% ante julho de 2014 e elevação de 25,4% em relação à primeira quinzena de junho de 2015. Para Alencar Burti, esses números indicam que as empresas estão realizando campanhas mais efetivas para a recuperação de crédito. “Os dados da inadimplência sinalizam estabilidade. As quedas interanuais não são muito significativas. Contudo, é preciso ficar de olho na conjuntura: se o desemprego crescer e a massa salarial cair, pode ser que os níveis se elevem”, afirma o presidente da ACSP e da Facesp.
Fonte: Investimentosenoticias.com.br