Turbulência vinda da China não muda previsão para emergentes, diz banco
09/01/2009
SÃO PAULO – O elevado grau de volatilidade e pessimismo nos mercados financeiros globais, detonado na terça-feira (27) com a maior queda da Bolsa de Xangai desde 1996, mexeu com os nervos dos investidores, mas não alterou a perspectiva do Credit Suisse para os mercados emergentes.
Em relatório divulgado nesta quinta-feira (1º), o banco de investimentos ressaltou que o ocorrido com a bolsa chinesa se deve a ajustes do mercado, tendo pouca relação com os fundamentos econômicos dos países emergentes. Vale destacar que no ano passado o mercado de ações chinês subiu mais de 100%.
Commodities
Para o Credit Suisse, mesmo as preocupações sobre uma diminuição da demanda da China por commodities não penalizaram de maneira expressiva o preço das matérias-primas. O importante índice de cotação das commodities CRB (Commodities Research Bureau) caiu 0,6% na terça-feira, mas encerrou fevereiro com alta acumulada de 4,0%.
Uma eventual queda da demanda chinesa por matérias-primas provocaria uma redução bastante forte das receitas de exportação dos emergentes, dado o grande peso destes produtos na pauta de vendas externas de tais países, como o Brasil. O principal índice da Bovespa encerrou na maior queda desde setembro de 2001 na terça-feira.
A instituição financeira alerta que somente um longo movimento de correção no mercado de ações da China poderia afetar estas economias. No dia de turbulência nas praças acionárias mundiais, o índice VIX, importante referência de instabilidade, alcançou sua maior alta em 17 anos de história, disparando mais de 70%.
Fonte:
Info Money