Telecom Italia e Pirelli rompem com o Citibank
09/01/2009
São Paulo, 5 de Março de 2004 – Motivo é a relação do banco com o Opportunity. A Telecom Italia e sua controladora Pirelli decidiram romper globalmente com o Citibank. A decisão foi tomada no final de fevereiro e envolve a suspensão de todos os negócios entre o grupo italiano, o terceiro maior da Europa, e o banco norte-americano. O motivo é a relação do Citibank com o banco brasileiro Opportunity. Os italianos consideram que o Citibank tem agido contra seus interesses no Brasil.
A Telecom Italia enfrenta o Opportunity na Justiça com o objetivo de reaver sua posição no bloco de controle na operadora de telefonia Brasil Telecom (BrT). Por meio da empresa Telecom Holding, o Citibank detém uma participação importante na BrT, que pode chegar a 20% do capital de controle, e está alinhado com o Opportunity no esforço de bloquear a volta da Telecom Italia à BrT.
Fonte qualificada da Telecom Italia no Brasil informou ontem que houve quebra na relação de confiança com o Citibank, que era, até agora, um de seus bancos preferenciais. Fontes da Telecom Italia disseram que o custo anual dos serviços financeiros prestados pelo Citibank está na casa das dezenas de milhões de dólares. Procurado por este jornal, o banco revelou que sua política é de não fazer comentários sobre temas relacionados a seus clientes. O Opportunity também não se manifestou.
Um aditamento de contrato assinado em agosto de 2002 definiu a saída da Telecom Italia do bloco de controle da BrT e também as condições para seu retorno. Este estaria assegurado no momento em que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) certificasse o cumprimento das metas de universalização da BrT, o que aconteceu em janeiro deste ano. “O acordo de 2002 deixou bem claro que retornaríamos quando as metas fossem cumpridas. Ficamos surpresos e revoltados com as tentativas do Opportunity de impedir que isso acontecesse”, disse Giorgio Della Seta, presidente da Telecom Italia na América Latina, ao jornal Financial Times.
Gazeta Mercantil Página A1 (Vicente Vilardaga)