Taxa de juros é a menor desde 1995, e fica abaixo de 100% pela primeira vez

A taxa de juros cobrada para pessoa física é a menor desde 1995, ficando abaixo de 100% ao ano pela primeira vez, segundo levantamento da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) divulgado nesta segunda-feira (15).

Das seis linhas de crédito pesquisadas, todas foram reduzidas no mês. A taxa de juros média geral  apresentou uma redução: de 6,02% ao mês (101,68% ao ano) em agosto para 5,81% ao mês (96,93% ao ano) em setembro

Em nota, a Anefac as reduções à melhora dos indicadores econômicos, "bem como à maior competição no sistema financeiro após os bancos públicos promoverem reduções em suas taxas de juros".

Pessoa física

Das três linhas de crédito pesquisadas todas foram reduzidas no mês. A taxa de juros média geral para pessoa jurídica caiu de 3,44% ao mês (50,06% ao ano) em agosto para 3,31% ao mês (47,81% ao ano) em setembro sendo esta a menor taxa de juros da série histórica (1999).

Taxa de juros x Selic

Enquanto a taxa básica de juros (Selic) teve queda de 40% em pouco mais de um ano, a taxa de juros média para pessoa física apresentou uma redução de 20,03%. Nas operações de crédito para pessoa jurídica houve uma redução de 21,66%.

As taxas de juros cobradas de quem atrasa o pagamento da fatura do cartão de crédito, conhecido como rotativo do cartão, tiveram queda pela 1ª vez após 33 meses estáveis,

As taxas passaram de 238,3% ao ano (10,69% ao mês) em agosto para 228,17% ao ano (10,41% ao mês), em setembro.

Porém, algumas reduções programadas entram em vigor somente a partir de novembro. A Anefac ainda alerta sobre o tempo de duração da redução dos juros. "Algumas das reduções efetuadas foram feitas a título de redução promocional com vigência até 31/12/2012, não definindo, portanto, se estas reduções serão mantidas nos meses subsequentes".

Perspectivas para os próximos meses

Segundo a Anefac, a "expectativa é de que as taxas de juros voltem a ser  reduzidas nos próximos meses por conta da melhora da economia, pela maior competição no sistema financeiro após os bancos públicos promoverem reduções em suas taxas de juros, bem como com a expectativa de redução dos índices de inadimplência no segundo semestre”.

Fonte:
Uol