Shopping de SP tem o metro quadrado mais caro da AL
09/01/2009
O Shopping Center Iguatemi de São Paulo continua sendo o local com o metro quadrado mais caro da América Latina, de acordo com um estudo divulgado nesta quarta-feira pela empresa de Consultoria Cushman & Wakefield.
Com o metro quadrado avaliado em 1.493 euros por ano (o equivalente a R$ 4.041), o Shopping Iguatemi é a localização mais cara da América Latina, a décima do continente americano e a 26ª de todo o mundo.
O estudo analisou os aluguéis pagos nos 233 principais centros de compras em 47 países.
As quatro primeiras colocações brasileiras são ocupadas por shoppings.
O Shopping Pátio Higienópolis, também na capital paulista, e o Rio Sul, no Rio, estão empatados em segundo lugar, com o metro quadrado custando 1.279 euros por ano.
O valor no também paulistano Morumbi é de 1.024 euros.
Só então as ruas de comércio passam a figurar no ranking: a Visconde de Pirajá, em Ipanema, (706 euros/ano) e, em seguida, as paulistanas Oscar Freire (478 euros/ano), Barão de Itapetininga e Rua Direita (216 euros/ano) e Estados Unidos (171 euros/ano).
A loja Daslu não foi incluída na avaliação pois, segundo a consultoria, alguns dos shoppings não gostam de divulgar os valores do metro quadrado e nem os valores das luvas (valor extra a ser pago).
A pesquisa foi coordenada pelo escritório de Londres da Cushman & Wakefield, que enviou para todos os seus escritórios no mundo (192 em 58 países) um questionário sobre mercados de varejo.
Parte da pesquisa visa detectar o valor do metro quadrado por mês e, depois que recebe os números, a consultoria elabora um ranking mundial.
Os espaços mais caros do mundo
A primeira colocação mundial permanece com a Quinta Avenida de Nova York (11.364 euros/ano).
O aumento no valor das propriedades no continente americano permanece robusto, apresentando um crescimento de 14,5% no período entre junho de 2005 e junho de 2006.
Neste mesmo período, o mercado imobiliário brasileiro apresentou um crescimento de 15.1%, acima da média continental e do resto da América Latina (12.6%).
A consultoria afirma que a recuperação atual do mercado de imóveis brasileiro começou em 2004, mas no fim de 2005 ocorreu um aumento nas atividades dos investidores internacionais focados em shoppings.
Vários fatores da economia brasileira proporcionaram este crescimento. Entre os principais estão economia estável e controle de inflação. O Brasil também está com superávit positivo, o risco-país está baixo, próximo do nível de investimento desejado, segundo a consultoria.
Todos estes fatores mostram que o Brasil é uma parte do grupo de países emergentes, em que estão também Rússia, Índia e China, que está atraindo interesse dos investidores internacionais.
A tendência de shoppings ocuparem os primeiros lugares do ranking foi observada também em 2005, sem uma mudança de um ano para outro.
A consultoria afirma acreditar que o crescimento global registrado nos últimos três anos pode não se repetir em 2007, por causa do aumento de juros nos Estados Unidos e a diminuição prevista do crescimento da China.
Entre os países que podem continuar apresentando um crescimento considerável, a Cushman & Wakefield menciona o Brasil, além de Rússia, Turquia e Índia.
Fonte:
BBC Brasil