Sebrae-SP: faturamento das pequenas empresas cai 7,1%
07/07/2009
O faturamento real das micro e pequenas empresas paulistas registrou queda pelo oitavo mês consecutivo em maio, com recuo de 7,1% em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo levantamento do Sebrae-SP divulgado nesta terça-feira. É a menor taxa registrada desde o início da crise econômica internacional, em outubro de 2008.
A indústria apresentou a maior queda, de 17,6%, seguida por serviços (7,8%) e comércio (2,6%). No setor industrial, os segmentos mais afetados são os de bens de consumo duráveis (máquinas e aparelhos elétricos) e bens de capital (máquinas e equipamentos).
De acordo com a pesquisa, o resultado negativo do setor de serviços foi influenciado pela queda na demanda de empresas por contadores, advogados, arquitetos, empresas de publicidade, de limpeza e de vigilância.
"As atividades mais dependentes de financiamento, que costumam vender produtos de maior valor unitário e que dependem consequentemente de crédito, foram as mais afetadas pela crise. Isso explica, por exemplo, porque a indústria teve o pior desempenho relativo entre os três setores", explicou Ricardo Tortorella, diretor superintendente do Sebrae-SP.
Na comparação mês a mês, o comércio foi o único setor a registrar crescimento na receita real – 5,3% em maio em relação a abril deste ano por causa da influência das vendas do Dia das Mães.
Mesmo com a queda do faturamento real, as expectativas dos empresários permanecem estáveis. Em junho, 46% dos donos de micro e pequenas empresas apostavam em uma melhora da receita nos próximos seis meses – mesmo índice de maio deste ano.
A pesquisa do Sebrae-SP foi realizada em maio, com a colaboração da Fundação Seade, e levou em conta o desempenho de 2,7 mil empresas em todo o Estado.
Fonte:
Terra