São Paulo terá Agência de Fomento

09/01/2009

Governo paulista atende pedido da Fiesp e inicia discussões sobre a criação da Agência de Fomento para o Estado de São Paulo

O vice-governador de Sao Paulo e secretário do Desenvolvimento, Alberto Goldman, se reuniu com empresários na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) para dar início às discussões sobre a implementação de uma Agência de Fomento no Estado. De acordo com Goldman, os recursos virão dos fundos setoriais da União (24 no total) e da atração de investimentos de instituições nacionais e internacionais. Segundo o vice-governador, a Agência começará a funcionar até o final deste ano com verba inicial de R$ 200 milhões. “A Agência beneficiará principalmente aqueles que não têm acesso aos bancos normais”, disse.

As Agências de Fomento são instituições financeiras de desenvolvimento, cujas principais atividades são o financiamento de longo prazo e outras modalidades de apoio ao setor produtivo. No País, apenas 12 Estados se beneficiam do instrumento. Na região sudeste, apenas o Rio de Janeiro é contemplado. “É uma incoerência o Estado mais importante do País [São Paulo] responsável por mais de 30% do PIB total não ter uma Agência de Fomento”, argumentou o presidente da Fiesp, Paulo Skaf.

Desde 2001 o Estado de São Paulo está autorizado a implementar o instrumento, amparado pela lei nº 2.192.70 24/08. “Uma Agência de Fomento tem o dever de atender às necessidades dos micro e pequenos empresários. Se for criar uma agência vestida de banco de desenvolvimento, é melhor nem criar”, argumentou o presidente da Associação Brasileira das Instituições Financeiras de Desenvolvimento, Pedro Falabella.

O diretor do Departamento de Competitividade e Tecnologia (Decomtec) da Fiesp, José Ricardo Roriz Coelho, disse que juntará forças às outras Agências de Fomento e aos bancos de desenvolvimento, a fim de negociar com o Banco Central algumas mudanças necessárias para que as agências possam “cumprir seu papel” de fomentar o desenvolvimento econômico e social, sem perder de vista a responsabilidade fiscal e a “saúde” do sistema financeiro. “A Agência de fomento de São Paulo pode chegar a ser o segundo BNDES em volume de financiamento”, afirmou.

Fonte:
Fábio Rocha, Agência Indusnet Fiesp