Revisão do crescimento da economia coloca Brasil no G 8 desde 2005
09/01/2009
Brasília – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, fez novas estimativas dos dados da economia brasileira, a partir da revisão do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, a soma das riquezas produzidas no país). “Agora o G 8 é com o Brasil dentro”, comemorou o ministro, ao comentar que já em 2005, segundo os novos cálculos divulgados hoje (21) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Brasil se tornou a oitava economia do mundo.
“A economia brasileira está crescendo num ritmo mais elevado do que aquele que nós imaginávamos. Portanto, atingiremos uma meta de crescimento vigoroso mais rapidamente”, disse Mantega. O dado mais importante, no entender do ministro, é o da relação entre a dívida pública e o PIB. Ele calculou que essa relação tenha caído de 51,5% para 46,5% em 2005 – período mais recente do PIB adotado nos números divulgados pelo IBGE.
“Uma boa conclusão a que poderemos chegar é que agora está mais fácil de alcançar o investment grade”, comentou o ministro, referindo-se ao “grau de investimento” que as agências de classificação atribuem a um país para sinalizar a investidores que podem aplicar seus recursos na região sem riscos.
Também caiu a carga tributária – a relação entre os impostos e contribuições pagos por empresas e cidadãos e o PIB. A Receita Federal estimava uma carga de 37,4% do PIB em 2005 e, com o novo cálculo, o percentual ficou em 33,7%. O déficit fiscal nominal – quanto o governo fica devendo após pagar os juros da dívida – saiu de 3,28% para 2,96% do PIB.
Com o novo cálculo, no entanto, também caiu o superávit fiscal – economia feita para honrar a dívida, sem contar os juros –, de 4,83% para 4,35% do PIB. E a meta de superávit primário, de 4,25%, terá que superar, em termos nominais, os R$ 90 bilhões previstos inicialmente para 2007.
Mantega não quis antecipar novas projeções para este ano, sob o argumento de que aguardará a divulgação, pelo IBGE, dos dados do PIB de 2006, prevista para a próxima semana.
“A única coisa que o governo está garantindo é que os fundamentos da economia brasileira melhoraram. Hoje o Brasil é um país mais sólido, está crescendo mais do que se imaginava, se tem uma dívida menor e déficit nominal menor. Agora, o que nós vamos fazer é algo que nós não discutimos ainda”, afirmou.
O ministro adiantou apenas que os números que dão base ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) serão revistos. Mas ressaltou que os investimentos permanecerão os mesmos.
Fonte:
Agencia Brasil